A terminologia "os foras da lei" gravei em minha mente em virtude dos filmes de "mocinho", de bang-bang, do velho oeste americano. Eram os assaltantes de trem, de banco, os pistoleiros tipo Jesse James ou Billy the Kid.
Trazendo
a prosa para o nosso tempo, os foras da lei não precisam usar armas na cintura.
São os marginais, ou seja, aqueles que vivem a margem da legislação.
No
Brasil os casos mais comuns de foras da lei contumazes são os traficantes e os
corruptos. Contudo, se formos analisar, mesmo que esporadicamente, a maioria de
nós, em algum momento, age fora da lei. Quando atravessamos um sinal
vermelho, quando obtemos alguma vantagem ilícita, enfim, quando agimos de maneira
contrária a um regramento jurídico.
Recentemente
podemos observar que no Brasil, e mais especificamente no Rio Grande do Sul,
está tapado de foras da lei. Existe uma legislação aprovada há pouco tempo que
proíbe fogos de artifício com barulho. Pois eu não me lembro de uma virada de
ano com tanto foguetes estrondosos pelo céu de nossa Província de São Pedro.
Então,
se soltam foguetes com barulho é porque alguém fabricou e se alguém fabricou é
porque não temos fiscalização, algo que o poder público deveria se encarregar. Somos
o pais da constituição, das leis, das regras, dos projetos, das portarias, das
normas, mas também do povo que não cumpre o que está escrito.
Me desculpem mas estamos tapados de foras da lei disfarçados de cidadãos pois quem se acha superior a uma determinação legal ignorando velhos, enfermos, autistas, crianças e animais é tão igual aos foras da lei dos tempos do velho oeste.