De acordo com o
Ministério do Turismo, o roteiro recebe 250 mil turistas todos os anos,
conduzindo-os pela história da Companhia dos Jesuítas, que catequizou os índios
Guarani no Sul do Brasil. A rota completa cruza Brasil, Paraguai, Uruguai, a
Argentina e a Bolívia e a ideia é que o trajeto seja feito a pé – como o
Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha – e percorrido totalmente em um
mês.
No Brasil, o roteiro é composto por 26 municípios do Rio Grande do Sul, englobando as ruínas de São Miguel das Missões, que foram declaradas Patrimônio Mundial Cultural pela Unesco em 1983. A Aldeia Guarani, o Museu das Missões, a Cruz Missioneira, a Fazenda da Laje, a Fonte Missioneira, o Ponto de Memória Missioneira e o Pórtico com escrita em guarani – CO YVY OGUERECO YARA, que significa "esta terra tem dono", completam a parte da rota brasileira.
Com um cenário cinematográfico, as Ruínas de São Miguel das Missões (RS) surpreendem pela suntuosidade que garantiu o título de conjunto arqueológico mais importante do Brasil e também de patrimônio cultural da humanidade, concedido pela Unesco. O conjunto, remanescente dos Sete Povos das Missões Jesuíticas na América, conta um pouco da história da Companhia de Jesus.
O viajante pode
aproveitar para conhecer outros atrativos da região como a Catedral
Angelopolitana, de Santo Ângelo, e os Sítios Arqueológicos de São João Batista,
São Lourenço e São Nicolau.
O Ministério do Turismo
vem implementando programas de incentivo para a elaboração e o fortalecimento
dos equipamentos turísticos da região. A expectativa da pasta é triplicar o
número de visitantes da região em dois anos, passando dos atuais 100 mil
[somente na parte do Brasil] anuais para 300 mil.
Lançado em parceria
entre os governos de todos os países que possuem partes da trilha e pelo Banco Internacional
de Desenvolvimento (BID), o Smart Challenge tem como objetivo fazer empresas
criarem soluções e produtos para desenvolver a capacidade turística do Caminho
dos Jesuítas.
Ao todo, são 7 desafios
propostos: logístico/administrativos, de desenho da oferta turística, de
marketing, de gestão turística, de captação de investimentos público-privados,
de coordenação intersetorial e empresarial e de reativação turística
pós-pandemia. O projeto faz parte de um acordo com o Banco Interamericano de
Desenvolvimento, que destinou US$ 500 mil para a estruturação turística do
roteiro multidestino.
Sobre a importância da
rota neste momento de retorno pós pandemia e o desafio lançado, o ministro do
turismo destaca que ela é uma opção que pode ser conhecida em família e
pequenos grupos, formato que é apontado como grande tendência para a retomada
segura o turismo.
“Sabemos que o turismo
iniciará sua recuperação pelo turismo
doméstico e, também, pelo turismo regional
e essa iniciativa realizada em parceria com os ministérios de países vizinhos
e com o BID certamente será imprescindível para que o turismo volte a crescer e
gerar emprego e renda em nosso país”, afirmou Gilson Machado Neto.