Começa o mês de outubro
e, junto dele, a beleza sutil da cor rosa dá toques fraternos a favor da
campanha de conscientização em relação ao câncer de mama.
Esse processo começou no
final da década de 70, depois que Susan Goodman Komen, descobriu ter câncer ao
diagnosticar um tumor na mama. Naquele momento a jovem se viu sem rumo, pois na
época não havia tratamento para a cura da doença, muito menos métodos de
prevenção. Sua sentença serviu de inspiração para que Nancy Goodman Brinker,
irmã e melhor amiga de Susan, prometesse que faria o possível para descobrir a
cura e a conscientização pública da cancerização na mama. Após dois anos do
falecimento de sua irmã, que ocorrera em 1980, Nancy lançou a Fundação Susan.
G. Komen for The Cure.
A partir deste momento
as mulheres ganharam a maior aliada na busca da prevenção, diagnóstico,
tratamento e cura da doença. O câncer de mama já tinha alta taxa de mortalidade
entre as mulheres no mundo e quase zero de importância na sociedade. A luta de
Nancy pela busca da cura contra o maior vilão cancerígeno nas mulheres é
também, assim como na luta da cura e tratamento, uma história de superação.
Viver naquela época onde os meios de comunicação sequer falavam a palavra
‘seio’ em sua programação e uma sociedade retrógrada que abordava o tema como
tabu, não seria nada fácil. Mas como toda mulher guerreira, ela conseguiu dar
voz ao movimento em muitas cidades nos Estados Unidos, à partir de então, as
pessoas começaram a abraçar a causa, o que fez o poder público se interessar,
discutir e estudar sobre a cura. Nancy provou que este era um movimento não só
dela ou da irmã, mas sim de todo o mundo que busca qualidade de vida para as
mulheres.
A campanha se
popularizou mais ainda em Outubro de 1997, quando a Fundação Susan G. Komen for
The Cure resolveu atrair o público a participar das primeiras edições da
Corrida da Cura, realizado em Nova York e Califórnia. Nancy e os promotores
estimulavam a população, empresas e entidades a se prevenir e participar da
campanha no controle do câncer de mama. Todas essas ações eram direcionadas à
conscientização, prevenção e diagnóstico precoce. E para sensibilizar a
população, as cidades de Yuba, CA, e Lodi, NY, se vestiram de laços rosa,
homenagem a cor favorita de Susan. Corridas, partidas de boliche e até um
desfile de moda com as sobreviventes do câncer de mama para resgatar a
autoestima feminina dentro de cada uma foram realizadas. O sucesso foi tanto
que assim surgiu o hoje conhecido OUTUBRO ROSA, cumprindo sua promessa a irmã e
se propagando para todo o mundo como forma de conscientização.
As primeiras ações no
Brasil apareceram apenas em 2002, com a iluminação em rosa do monumento do
Obelisco do Ibirapuera, situado em São Paulo-SP. Desde 2010 o Instituto
Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, o INCA, participa deste movimento.
Promovendo espaços de discussão sobre o controle do câncer de mama e divulgando
e disponibilizando seus materiais informativos, trazendo qualidade para o
debate, tanto para os profissionais da saúde quanto para a sociedade.
Atenção, portanto, mulheres
gaúchas, prendas, chinocas, chinitas, não somente neste mês de referência mas mantendo
uma cautela constante em relação a esta enfermidade.