QUE CABERIA MUITO BEM NOS DIAS DE HOJE
jornal da época (1918)
Impressiona por sua atualidade os versos escritos há 103 anos quando a Gripe Espanhola assolou o mundo. Se formos comparar com os momentos tristes pelos quais atravessamos veremos que há muitas coincidências. Em conclusão, o ser humano não se preparou para este tipo de desventura.
Tal poema na verdade é uma cartilha escrita em 1918 com o título "Previna-se contra a gripe".
Não caberia para o Coronavírus?
Previna-se contra a gripe
Perdigotos, que perigo!
Se estás resfriado amigo,
não chegues perto de mim
Sou fraco, digo o que penso.
Quando tossir, use o lenço
E também se der atchim…
Corrimãos, trincos, dinheiro
São de germes, um viveiro
E da gripe mais frequente.
Não pegá-los, impossível.
Mas há remédio infalível,
Lave as mãos constantemente.
Se da gripe quer livrar-se
Arranje um jeito de disfarce,
Evite o aperto de mão.
Mas se vexado consente,
Lave as mãos frequentemente
Com bastante água e sabão.
Da gripe já está curado?
Bem, mas não queira, apressado
Voltar a vida ao normal.
Consolide bem a cura,
Senão você, criatura,
Recai, e propaga o mal.
galpões transformados em hospitais
