O MTG E SEUS RIGORES

CTG Pousada dos Carreteiros

Findado mais um ENART as opiniões sobre o mesmo são conflitantes.

O Presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho, Nairo Calegaro, ressalta em diversas entrevistas que esta foi uma das melhores edições do Encontro de Artes e Tradição.

Contudo, o descontentamento com a organização é quase que geral, a começar pelo abusivo preço dos ingressos, o desleixo com o parque do acampamento como a falta de higiene nos banheiros. Para quem fica três dias acampado por puro amor a arte nativa, podemos considerar um verdadeiro descaso com a própria cultura.

Isto tudo já vinha sendo comentado antes do acontecido em face da desorganização dos promotores do evento o que resultou num fraco movimento de público e na consequente queixa dos comerciantes que locaram espaço no parque.

Sempre respeitei o MTG por ser um limitador as excentricidades do gauchismo, contudo, em face ao contingente de regras e normas, regulamentos que engessam o Movimento, vemos um descrédito que acaba afastando as pessoas de uma entidade que deveria ser aglutinadora. Tenho certeza que não foram estes os reais princípios que nortearam a criação de um órgão tradicionalista organizado.

É de se acreditar que uma invernada artística seja desclassificada, pondo a perder o trabalho de um ano inteiro, com ensaios quase que diários, gastos monetários, estresse emocional,  porque a prenda errou uma palavra ao anunciar a dança de seu CTG (ao invés de dizer Caranguejo, falou Carreirinho)?

Isto aconteceu com o CTG Pousada dos Carreteiros, de Cotiporã.

E o mais grave!

Tal erro foi denunciado por concorrentes, escancarando que a propagada integração, a fraternidade entre os Centros de Tradições é uma falácia. Este é o espírito competitivo, quase bélico, entre alguns dos participantes.

Imaginem o sentimento de culpa desta prenda!?

Acho que o Movimento Tradicionalista como um todo e seu rigorismo na interpretação de seus regulamentos precisa de uma reflexão. O MTG deve ser repensando por seus integrantes.