Após um dia inteiro de homenagens no Salão Nobre Negrinho do Pastoreio, do Palácio Piratini, com milhares de pessoas se revezando no adeus a Antônio Augusto Fagundes, um símbolo da cultura gaúcha, um dos maiores representantes do folclore rio-grandense de todos os tempos, com autoridades, artistas, tradicionalistas e pessoas simples do povo com olhos marejados; depois de retrecharem a beira do caixão o Canto Alegretense e vários pronunciamentos de amigos e familiares, Nico Fagundes, em riba das 17 hs rumou para sua morada eterna, o Cemitério Ecumênico João XXIII.
O gesto de levar o cavalo encilhado, puxado por companheiros de tantas cavalgadas, é um momento solene, triste. O cavalo sem seu dono, o pingo sem seu ginete, o flete sem seu amigo de tantas jornadas. Que momento lindo e comovente.
Dentro do cemitério a última jornada até sua morada eterna, a Estrela de Adelbarã. Lá se foi o poeta, o apresentador, o múltiplo artista. Lá se foi o gaúcho do corpo pilchado que invadia nossos lares todos os domingos espalhando um orgulho sem par por ser filho desta terra.
Seus companheiros dos Cavaleiros da Paz estavam lá, para a derradeira reverência. Falei com o Elton Saldanha, um dos cavaleiros, e percebi toda a admiração e o respeito que seus parceiros de tantas andanças mantinham e manterão por seu eterno comandante. Até um dia, Nico Fagundes.
Fotos: Léo Ribeiro