RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
A tomada da Ponte da Azenha, do pintor Augusto Luiz de Freitas (Instituto de Educação General Flores da Cunha, Porto Alegre/RS)

domingo, 2 de fevereiro de 2014

ROBISON BOEIRA. ESTE TEM CAFÉ NO BULE!



Um músico com Alma Chamamecera.
  
Essa é a frase que melhor descreve o acordeonista Robison Boeira. Natural de Caxias do Sul, o artista é considerado uma das grandes expressões da gaita de botão na atualidade. 

Músico, compositor e arranjador, começou a realizar seus primeiros toques com apenas 4 anos de idade. A gaita ponto sempre foi sua paixão e, na época, era difícil encontrar na cidade professores desta modalidade de instrumento.  Quando conseguiu, tirou a sorte grande! Seu primeiro professor foi o saudoso Chiquinho da Gaita, que ensinou os primeiros acordes.

 Aos 11 anos começou a estudar acordeon com o mestre Oscar dos Reis. Teve ainda como professores de gaita ponto Alexandre Batisti e Chico Brasil. Daí em diante não parou mais, tendo sempre no coração o amor verdadeiro pela gaita. E, ainda aos 11 anos, Robison Boeira começou a levar alegria aos palcos da vida tocando bailes, parceiro de renomados grupos. Assim como tudo na vida, em 2004 encerrou mais um ciclo: parou de dedilhar a cordeona nos bailes e enveredou de vez pelo mundo dos festivais. 

E nesses grandes eventos o talento do garoto da Serra cresceu e foi coroado com grandes premiações como Melhor Instrumentista. Amadurecido, no final de 2010 o músico gravou seu primeiro CD, intitulado Alma Chamamecera . Alvo de excelentes críticas, a obra ainda imortalizou a parceria e amizade de Boeira com grandes mestres do Chamamé, com as participações valiosas de Lúcio Yanel, Raulito Barboza e Luciano Maia. 

Embalado pelo sucesso de Alma Chamamecera, o ano 2011 foi um marco na carreira de Robison, com três indicações ao Prêmio Açorianos de Música: Melhor Instrumentista, Melhor Compositor e Revelação do Ano. E esse artista inquieto não para. Logo após o Prêmio Açorianos, Robison Boeira realizou sua primeira turnê pela Europa, levando seu toque mágico e o Chamamé além das fronteiras do Brasil. 

Boeira já tocou com grandes músicos como: Lúcio Yanel, Raulito Barboza, Yamandu Costa, Telmo de Lima Freitas, Ernesto Fagundes, Renato Borghetti, Rudi e Nini Flores, Luiz Carlos Borges, Luciano Maia, Alejandro Brittes, entre outros. É certo que Robison Boeira tem uma nobre missão, a qual ele cumpre com alegria: levar o encanto da gaita ponto e a magia do Chamamé a todos os cantos, onde a música alcançar. 

E, de toque em toque, acorde a acorde, vai cumprindo, feliz da vida, aquilo que lhe foi confiado.