Luiz Carlos Barbosa Lessa nasceu em Piratini em 13 de dezembro de 1929 e morreu em Camaquã em 11 de março de 2002. Foi folclorista, escritor, músico, advogado e historiador.
Escreveu cerca de 61
obras, entre contos, músicas e romances. Participou intensivamente do
processo de construção do Movimento que registrou e difundiu a cultura
gaúcha do homem do campo. Em 1948, ele com 19 anos de idade junto com um
grupo de colegas do ensino secundário criaram o Movimento
Tradicionalista Gaúcho e o primeiro centro de tradições da história (35
CTG), definindo as características do que hoje é considerado o tipo
"Gaúcho".
Dentre suas obras mais
conhecidas destacam-se Rodeio dos Ventos, um épico sobre como seria vida
do povo gaúcho, e Os Guaxos, pelo qual recebeu prêmio em 1959 da
Academia Brasileira de Letras.
Ao mesmo tempo em que se
dedicava à implantação do tradicionalismo, Lessa passou a pesquisar a
música regional. Em 1957, criou a popular toada Negrinho do Pastoreio,
canção baseada na lenda do jovem escravo que, ao perder a tropilha de
cavalos do patrão, é agrilhoado a um formigueiro para ser devorado pelos
insetos. A canção de Barbosa Lessa foi cantada por dezenas de
intérpretes, entre eles Inezita Barroso, Leopoldo Rassier e a dupla
Kleiton & Kledir.
Em concurso da RBS TV, foi agraciado com o título de "Um dos 20 Gaúchos
que marcaram o século XX", recebeu ainda o troféu Negrinho do Pastoreiro
pela AGM e o Prêmio Líderes e Vencedores pela Federasul e Assembléia
Legislativa do RS.
Você pode saber mais sobre
Barbosa Lessa visitando a Fundação Barbosa Lessa, no Sítio Água Grande, em
Camaquã, local onde residia nos últimos tempos de vida. É um lindo local para se
visitar pois tem atrativos como, cascata com 30 metros de queda, casa onde
residiu o escritor, biblioteca em meio a mata nativa, objetos pessoais e livros
do autor, carijo para produto artesanal de erva-mate, engenhos e utensílios
típicos gaúchos e trilhas ecológicas, tudo numa área de 15 hectares. Com fauna e
flora exuberantes, estes são alguns dos atrativos desta reserva ecológica,
embora o maior deles seja a magia de partilhar da simplicidade em que vivia o
escritor.