MEU CHÃO GAÚCHO
Recebi o mais recente CD do grupo Os Tiranos, de São Francisco de Paula. Sou suspeito ao falar desta rapaziada pois tenho diversas parcerias com o Angelo e com o Ricardo Marques, proprietários do conjunto. Músicas que fizeram sucesso como Brasil de Bombachas, Gaúchos do Litoral e outras tantas. Neste CD que ora é lançado, novamente compareci, com duas letras: "Estou com Saudades" e "Tipo Bicho". Aliás, para o meu gosto, Tipo Bicho, um bugio de quatro costados, ficou uma das melhores do disco.
Falar sobre Os Tiranos é chover no molhado. Dizer que é um grupo autêntico, de sucesso, de qualidade musical, não traz novidade nenhuma. É de conhecimento de todos o valor destes filhos de São Francisco de Paula.
Mas este disco, novamente, veio com tudo. Um repertório selecionado a dedo, bons compositores, qualidade vocal e instrumental, ou seja, tudo que é preciso para uma obra alcançar o reconhecimento.
Para contatar Os Tiranos e garantir um fandango de sucesso, basta ligar: (54) 32442929 / (54) 99779518 (Angelo) / (54) 99779041 (Ricardo).
E se o amigo desejar escutar esta letra num bugio velho bem serrano, que compre o CD MEU CHÃO GAÚCHO, com Os Tiranos.
Falar sobre Os Tiranos é chover no molhado. Dizer que é um grupo autêntico, de sucesso, de qualidade musical, não traz novidade nenhuma. É de conhecimento de todos o valor destes filhos de São Francisco de Paula.
Mas este disco, novamente, veio com tudo. Um repertório selecionado a dedo, bons compositores, qualidade vocal e instrumental, ou seja, tudo que é preciso para uma obra alcançar o reconhecimento.
Para contatar Os Tiranos e garantir um fandango de sucesso, basta ligar: (54) 32442929 / (54) 99779518 (Angelo) / (54) 99779041 (Ricardo).
E se o amigo desejar escutar esta letra num bugio velho bem serrano, que compre o CD MEU CHÃO GAÚCHO, com Os Tiranos.
TIPO BICHO
Letra: Léo Ribeiro
Música: Angelo e Ricardo Marques
Eu moro solito num fundo
de campo,
a luz do meu rancho é um
fogo gaúcho,
um cepo de angico eu faço
de banco,
meu relógio véio é o ronco
do bucho.
De barba tordilha que não
vê navalha,
melenas caídas num lenço
encarnado,
mas a minha estampa não me
atrapalha
e seguidamente m’encontro
casado.
Eu sou o que
sobra de um tempo que foi,
garrão
encardido da curva da espora,
me sinto a
vontade no meio dos bois
meio tipo
bicho pras coisas de agora.
Somente a
cordeona de voz bem campeira
me faz dar
uns pontas nas águas do rio
e na noite
grande seguir a boieira
pra num
bailezito dançar um bugio.
Coiceando as cobertas eu
pulo do catre
de pronto pra lida no
canto do galo
eu lavo meus rins no verde
de um mate
engulo um café e já tô de
acavalo.
E vejo da encilha um mundo
perfeito
de lagoas mornas no ventre
do pago
- “Mas que natureza”,
exclama meu peito,
vem desse atavismo a
rudeza qu’eu trago.
Eu sou o que
sobra de um tempo que foi,
garrão
encardido da curva da espora,
me sinto a
vontade no meio dos bois
meio tipo
bicho pras coisas de agora.
Somente a
cordeona de voz bem campeira
me faz dar
uns pontas nas águas do rio
e na noite
grande seguir a boieira
pra num
bailezito dançar um bugio.
Aqui onde eu vivo não tem
mau-olhado,
se o corpo adoece o chá é
quem cura
arnica é o remédio
pr’algum machucado
pra dor da saudade eu tomo
uma pura!
Até nem precisa mas só por
mania
carrego a garrucha sempre
embuchada
assim nestes brejos eu
passo meus dias
e a vida que eu levo não
troco por nada.