PROJETO GERA POLÊMICA
Cavalgada da Costa Doce / foto: Jeândro Garcia
O projeto 312/2012 que tenta regulamentar a relação do gaúcho com o cavalo e reconhece "o direito de andar a cavalo, individualmente ou em grupo" e transforma a cavalgada como Patrimônio Cultural do Estado, está pronto para ir a votação mas pode ter seu trâmite interrompido por interferência dos defensores dos animais, que consideram o texto exagerado e pedem que a Assembleia Legislativa amplie o debate antes de votá-lo.
Seis pontos básicos estão sendo apresentados e questionados e, como gostamos de opinar, vamos nos posicionar em cada item:
O QUE ESTÁ SENDO PROPOSTO E O POSICIONAMENTO DE NOSSO BLOG:
1 - Pela proposta, eventos equestres passam a ser práticas desportivas e culturais, podendo captar recursos públicos para suas realizações.
Opinião do blog: O conceito de "eventos equestres" é muito amplo e vai de carreira até equitação, passando por rodeios, cavalgadas, cavalhadas, e aí mistura um pouco os ingredientes virando uma salada de mondongo. Não consideramos, por exemplo, uma cavalgada como prática desportiva e, sendo assim, somos contra o dinheiro público para tal evento (embora o lado cultural).
2 - Pela proposta, se permite que a organização dos eventos determine a quantidade de tempo de atividade e descanso dos animais.
Opinião do blog. Nada contra. Quem conhece o riscado (os praticantes) tem condições de determinar percurso e tempo. Ninguém vai querer dar tiro no pé...
3 - Pela proposta, se exige que as prefeituras organizem o trânsito e garantam a limpeza das vias imediatamente após a passagem dos animais.
Opinião do blog: Trânsito e limpeza são funções das prefeituras, portanto, nada demais. Agora, não gostamos muito da palavra se"exige". Esta determinação poderia ser substituída.
4 - Pela proposta, se proíbe que os eventos firam o bem estar animal, transformando o condutor ou proprietário em único responsável pela saúde do cavalo.
Opinião do blog: Não entendemos muito a primeira parte da proposta (se proíbe que os eventos firam o bem estar animal)??? Em relação a segunda parte, estamos de acordo. Embora tenha muito proprietário irresponsável, ele deve arcar com as consequências em relação a sua montaria.
5 - Pela proposta, se impede também que eventos com mais de cem cavalos ou percurso superior a 40 quilômetros sejam realizados sem a presença de um veterinário.
Opinião do blog: Sempre é aconselhável a presença de algum veterinário, embora o campeiro tenha vivência e saiba da lida como poucos veterinários....
6 - Pela proposta, é vedada motivação político-partidária nos eventos equestres previstos neste artigo.
Opinião do blog: de pleno acordo.
Para encerrar esta secagem de gelo, somos da opinião de que não hay regramentos, regulamentos, normatizações, decretos que determinem a relação de um gaúcho com seu cavalo. Ela é superior a tudo isto. Portando, estamos perdendo tempo, dinheiro e, como disse, enxugando gelo.