Gildinho, grande ídolo rio-grandense, e este blogueiro
Esta semana, aqui pelo blog e em outras redes sociais, andamos proseando muito sobre o relacionamento dos artistas, no caso os regionais, e seus fãs. Cada qual tem um temperamento, um jeito de ser e os mesmos devem ser respeitados. Uns artistas, são mais reservados, outros, mais abertos.
O fã imagina que o seu ídolo não tem problemas, contas a pagar, doenças a curar, enleios familiares, enfim, que é um ser humano magnânimo e acima de todos os males terrenos. Tem que estar sempre pronto, sorrindo, a sua disposição. Não pode sentir-se chateado, cansado, com raiva, sei lá o que... Só que a coisa não é bem assim.
É claro que o artista deve tratar bem seu fã, com educação, com respeito, afinal, o que seria dele, artista, sem seus fãs? Contudo, esta relação é complicada.
Mas parece que tudo o que relatei acima, não se aplica a um grande ídolo do gauchismo chamado Nésio Corrêa, mais conhecido como Gildinho, líder, proprietário e diretor do grupo Os Monarcas. Este índio, com seus admiradores, não tem lado para se chegar. É vara-verde. Que santa criatura sem orgulho e sem vaidade.
O retrato acima é um flagrante daquilo que falo. Nesta quinta-feira passada, no Clube Farrapos, no Encontro de Caudilhos (César Oliveira, Rogério Melo e Os Monarcas) proseei com grandes amigos, verdadeiros ídolos como Cristiano Quevedo, Shana Müller, Edson Campagna, Dionísio Costa, Arabi Rodrigues e outros de quem sou fã, quando, num de repente, me puxa pelo braço o Gildinho e me diz assim. - Léo. Queria te pedir desculpas pois acho que não gravei uma letra tua como ela deveria ser (Aos Gaúchos do Amanhã). Eu estava doente, com graves problemas na garganta, mas, se tu quiser, eu gravo ela novamente...
Tchê! Fiquei até meio sem jeito... O grande Gildinho me dando explicações é como o Papa Francisco beijando os pés de seus súditos na cerimônia pascoal do Lava-Pés.
Meu mano velho! Sou teu fã incondicional e, embora não tenhamos um contato mais frequente, digo que admiro tua simplicidade (que me faz recordar o saudoso Honeyde Bertussi) e tua maneira de ser.
Por isto que eu digo e repito: - Este "dom" do grande Gildinho, não é para qualquer um. A simpatia, vem de berço!