CONVITE: Em 2025 vamos reviver os velhos tempos?

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quarta-feira, 4 de abril de 2012

NATUREZA, HOMEM, ANIMAL,

UMA CONVIVÊNCIA POSSÍVEL!

No sábado passado, a convite do meu irmão Eduardo Tissot, fui comer uma costela assada, num sítio capataziado pelo Mário, lá em Belém Velho. Lugar aprazível, bonito, desestressante....

Não mais que derrepente um bando de bugios se aproximou, com a maior naturalidade, para comer as goiabas cheirosas, sem a mínima preocupação com os de bota e bombacha ali presentes.

Foi imitando o ronco do bugio, que originou-se o único ritmo musical genuinamente gauchesco. Hoje em dia, duas cidades e seus respectivos festivais preservam este compasso. Minha querência, São Francisco de Paula, e São Francisco de Assis, terra do meu amigo Paulo Ricardo Costa.

Eu nunca tinha visto este animal fora de um zoológico. Escutava seu ronco, nos pinheirais da serra mas vê-lo, jamais. É impressionante saber que este primata, hoje em vias de extinsão, tem sua existência repeitada por aquelas pessoas residentes na região sul de Porto Alegre. Segundo um morador, esta convivência, no verão, é diária.

Como eu não tinha levado minha máquina de retratos o grande Daniel Tissot bateu estas chapas e ontem remeteu para nosso blog. Gracias Daniel!

O bugio está entre os maiores primatas neotropicais, com comprimento de trinta a 75 centímetros. Sua pelagem varia de tons ruivos, ruivo-acastanhados, castanho e castanho-escuro. É famoso por seu grito (ronco), que pode ser ouvido em toda a mata e pela presença de pelos mais compridos nos lados da face, formando uma espécie de barba.

O Alouatta guariba é a espécie de bugio que habita a Mata Atlântica desde o sul da Bahia até o Rio Grande do Sul, chegando ao norte da Argentina, na região de Misiones. As duas subespécies constam na lista do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis como criticamente em perigo e vulnerável, respectivamente.

O desmatamento ameaça a sobrevivência dos bugios de diferentes maneiras. A mais evidente é a retirada da vegetação, o que restringe seus ambientes a pequenos fragmentos isolados.

Nasce em todas as estações do ano, depois um período de gestação de aproximadamente 140 dias. O filho fica agarrado às costas da mãe durante os primeiros meses de vida. A maturidade é atingida entre um ano e meio e dois anos de vida. Alimenta-se predominantemente de folhas, flores, brotos, frutos e caules de trepadeiras.

O primata bugio, origem do único compasso gaúcho, a poucos metros de nossas cabeças, como diz a gurizada... Numa boa!