Grande Leo,
Como andam as coisa por ai, tudo bem?
Te escredo para fazer uma ressalva à postagem do dia 3. Falastes muito bem do nosso espirito, andarilho e desbravador. Tem gaucho espalhado por este Brasil todo, é verdade. Mas esquecestes dos gauchos que estão além fronteiras. Só aqui em Dubai somos uns 20 e muitos, como eu, preservam alguma coisa de nossa tradição, como o chimarrão, churrasco com amigos, rivalidade entre Gremio e Colorado, tem até caxiense torcedor do Juventude e por ai vai.
Depois que saimos do Rio Grande, que é a decisão mais difícil, pelo menos para mim foi, não existe mais fronteiras, qualquer lugar é mundo.
Grande Abraço e FELIZ PASCOA, para vocês.
Luiz Pedro Bertuol
LP EXPORT DMCC (Dubai - UAE)
Meu amigo Luiz Pedro! Quanta honra!
Realmente, tens toda a razão em me "puxar as orelhas". Quando escrevi aquele texto sobre o ESPÍRITO DE GAÚCHO, pensei em homenagear ao Brasil de Bombachas, citando todos os Estados da Federação.
Mas é inegável que, como eu disse no texto, ser gaúcho é muito mais do que imaginamos.
O gaúcho não tem mais fronteiras, nunca teve. São pessoas iguais a ti, a Noemy, ao Giovanni, que, sem esquecer de sua gente, dos hábitos simples com que foram criados, andejam pelo mundo como se fossem ao quintal do rancho. E mais que isto: Carregam em si o orgulho da terra em que nasceram.
Queria eu ter a bravura e o desprendimento de vocês. Sou enraizado demais para alçar vôos além da cancela...
Que o Patrão Velho vos proteja (e aos gaúchos vaqueanos do mundo), amenizando a saudade, encurtando as distâncias através das boas lembranças.
E tenham a certeza de que, os que aqui ficaram, sentem muito orgulho desta gauchada que não afrouxa o garrão ante as incertezas de viver distante.
E te prometo que vamos estruturar um texto em homenagem aos riograndenses que cruzaram as fronteiras verde-amarelas.
Boa Páscoa e um beijo no coração de todos.
Léo Ribeiro
