Eu ando na falta de um chibo dos buenos,
Cuspir o veneno do mate no chão,
Virar um golito de canha pr’o santo,
Sentir os encantos de um velho fogão.
Eu ando na falta de prosa e risada,
Contar das qüeradas dos tempos de moço,
Trocar a gravata de nó apertado
Por um “encarnado” rodeando o pescoço.
Eu ando na falta d’entrar num calção
Cruzando o poção no estilo braceado,
Viver esta paz, longe da cidade,
Matar a saudade que tem me matado.
Eu ando na falta de andar meio assim
Os pés no capim, a faca no cinto,
Mexer c’o espantalho na roça de milho,
Beijar o meu filho e dizer o que sinto.
Eu ando na falta do canto dos grilos,
de buscar aquilo que o tempo levou.
O mundo sonhado é só uma ribalta,
Eu ando na falta de ser o que sou!
Versos de: Léo Ribeiro
Me preparando para o frio, daqui a pouquito vamos subir a serra para julgar, pela sétima vez, o festival Ronco do Bugio de São Francisco de Paula. Ao mesmo tempo, quero suprir a falta de um monte de coisas que me levaram a escrever a letra aí de cima.
Cuspir o veneno do mate no chão,
Virar um golito de canha pr’o santo,
Sentir os encantos de um velho fogão.
Eu ando na falta de prosa e risada,
Contar das qüeradas dos tempos de moço,
Trocar a gravata de nó apertado
Por um “encarnado” rodeando o pescoço.
Eu ando na falta d’entrar num calção
Cruzando o poção no estilo braceado,
Viver esta paz, longe da cidade,
Matar a saudade que tem me matado.
Eu ando na falta de andar meio assim
Os pés no capim, a faca no cinto,
Mexer c’o espantalho na roça de milho,
Beijar o meu filho e dizer o que sinto.
Eu ando na falta do canto dos grilos,
de buscar aquilo que o tempo levou.
O mundo sonhado é só uma ribalta,
Eu ando na falta de ser o que sou!
Versos de: Léo Ribeiro
Me preparando para o frio, daqui a pouquito vamos subir a serra para julgar, pela sétima vez, o festival Ronco do Bugio de São Francisco de Paula. Ao mesmo tempo, quero suprir a falta de um monte de coisas que me levaram a escrever a letra aí de cima.