RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

PESSOAS, ANIMAIS, NATUREZA,

A TRILOGIA PERFEITA

Uma atividade que teve seu início na década de 70, com o passar dos tempos, tornou-se um hábito entre os gaúchos. As Cavalgadas.

Embora muitos queiram levar para si as “honras” de ter “inventado” as cavalgadas, ninguém sabe ao certo como e com quem começou essas andanças. Todas as pessoas com quem busquei informações não precisam datas, mas lembram de algum conhecido como “criador” das cavalgadas.

Eu mesmo me recordo de que, em minha cidade, São Francisco de Paula, um oriental que chamávamos de Tim-Tim, isto lá por 1975, 76, sempre, ao primeiro dia do ano,organizava uma cavalgada para comemorar o Dia Mundial da Paz. Mas não ouso afirmar que ele foi o pioneiro nas cavalgadas organizadas.

Penso que o grupo, ou quem por primeiro montou num pingo e se foi andejando campo afora, com a intenção de deixar registrada tal intenção, não vem ao caso e nem tem tanta importância.

O que realmente tem seu valor é o bem que as cavalgadas fazem a alma de seus participantes e que, ao agirem assim, indiretamente, fazem reverências aqueles antigos tropeiros (como Cristóvão Pereira) que desbravaram o chão inóspito do Rio Grande levando por diante tropas de mulas, cambiando mantimentos, agindo por precisão, por esperança de um tempo melhor.

Mas o tempo passou, as pessoas se organizaram e as cavalgadas proliferaram.

No Rio Grande do Sul são dezenas, centenas a cada ano. Pessoas de todas as origens que se mesclam nesta trilogia de natureza, homem, animal. Tudo com a intenção de fugir das correrias do dia-a-dia.

È comum o médico, o advogado, o mecânico, o "guarda-livro", as mulheres, saírem de suas atividades profissionais e, aos finais de semana, andejarem estrada afora, como esta turma aí de cima, Os Irmãos do Estribo, grupo que fui fundador, andejando por estes campos serranos.