RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
A tomada da Ponte da Azenha, do pintor Augusto Luiz de Freitas (Instituto de Educação General Flores da Cunha, Porto Alegre/RS)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O RIO GRANDE É DO PUMPKINS, DE NOVO!

Arte: Lucas Vallim

Após meio século de existência ainda não descobri se, na área esportiva, sou pé-frio ou pé-quente! Digo isto porque, no mês passado, resolvi voltar ás minhas atenções para o futebol jogado com as mãos, deixando um pouco de lado nosso tradicional futebol de tantas glórias. Minha decisão originou-se pelos fatos de que meu piá, Lucas Vallim, passou a jogar no time do Porto Alegre Pumpkins (abóboras), de futebol americano e porque meu Tricolor dos Pampas, de tantas e inesquecíveis alegrias, estava se arrastando mais que barriga de lagarto. Pois foi eu parar de ir ao lendário Olímpico Monumental que o time saiu da zona de rebaixamento. Acho que sou pé-frio!

Em contrapartida, passei a acompanhar mais assiduamente os embates do Pumpkins. Aprendi as regras do esporte que move multidões nos Estados Unidos e agora, véspera do grande dia 20 de setembro, o representante de Porto Alegre, de cores branca, preta e laranja saiu-se Bi-Campeão Estadual na categoria. Acho que sou pé-quente!

A partida final foi na cidade de Santa Cruz do Sul, contra Os Chacais, time local. Estádio cheio, torcida a favor dos camisas azuis de Santa Cruz, repetição da final de 2008, melhor ataque (Pumpkins) conta a melhor defesa (Chacais) e no final... 7 x 0 para o time da capital. Dá-lhe Pumpkins.

Apenas acho que, para as próximas competições estaduais, o campeonato deva ser repensado e seguir as normas da categoria no âmbito nacional. Não é possível um esporte com tanto contato físico sem as roupas de proteção exigíveis para o bom e salutar desempenho dos times. A única equipe, no Rio Grande, que possui o uniforme padrão (capacete, coletes, etc.) é o Pumpkins. Ao mesmo tempo, é penalizado por isso, pois tem que entrar em campo sem tais equipamentos. Da mesma forma, penso que uma ambulância deva ser colocada a disposição dos times em "todas" as partidas, pois as lesões são corriqueiras e variadas.

Se não existe, os times disputantes deveriam fundar uma federação e organizar-se, para que, juntos, possam ter mais espaço na mídia, buscar patrocínios, redigir normas e ampliar, com fundamentos, o esporte no Estado. Até lá, só resta dizer: Parabéns, garotada do Porto Alegre Pumpkins!
Porto Alegre Pumpkins: Bi- Campeão Gaúcho de Futebol Americano