SOBRE O "NOVO" GALPÃO CRIOULO
Sou um conservador por
natureza, ou seja, avesso as grandes mudanças. Talvez por isso eu não tenha gostado
do novo formato do programa Galpão Crioulo exibido ontem.
Parece que as direções dos globais Marcos Mion e Luciano Huck baixaram por aqui influenciando o pessoal da RBS sem o entendimento de que o público alvo é diferente e o que pode dar certo lá para cima aonde a descontração predomina, nem sempre acontece aqui pelo Sul.
O coitado do Neto
Fagundes teve que se virar nos trinta se transformando de um ótimo apresentador
em um animador de plateia. Parecia que estava incorporado pelo seu personagem “Nego
Véio”. Quanto a cantora Luiza Barbosa, o seu carisma não foi aproveitado.
Estava sem ação.
Penso que esta
tentativa de interação com a plateia também pode ser organizada com mais
propriedade principalmente no quadro de perguntas sobre nossa cultura. Tipo
fazer um desafio cultural CTG X CTG, e não apenas pessoas soltas que não sabiam nem qual nossa
árvore ou animal símbolos do Rio Grande do Sul.
Para não dizer que não falei de flores achei interessante o quadro mostrando atrações sobre localidades turísticas e históricas do nosso Estado, algo que o Rui Biriva já fazia em seu Paralelo Sul – o primeiro episódio foi sobre Cambará do Sul.
O novo horário também é convidativo.
Gosto do Galpão Crioulo, o acompanho e respeito porque é um dos poucos da nossa televisão aberta que dá vasa aos
nossos artistas. Tem seu “time” de prediletos? Tem, e nem todos músicos
regionais conseguem espaço no programa mas... é o que temos.
Em resumo ao ver o novo
Galpão Crioulo senti saudades do saudoso Glênio Fagundes e do seu sóbrio Galpão
Nativo na esquecida, largada e politiqueira TV E.