UM FESTIVAL DEVE IR ALÉM
DAS MÚSICAS CONCORRENTES
Mesa de painelistas sobre o compasso Bugio contou com a
ilustre presença da Secretária de Cultura do Estado Beatriz Araújo
No fim de semana passado, em São Francisco de Paula, ocorreu o 31º Festival Ronco do Bugio, evento peculiar em seu formato pois é o único em que só concorrem músicas aonde o compasso seja o bugio, genuinamente gaúcho.
No entremeio das apresentações, de uma noite para a outra, ocorreu um profícuo encontro para debates sobre o passado, o presente e o futuro deste autêntico ritmo rio-grandense. Tive a honra de mediar os palestrantes.
O propósito de tal seminário, além de estudos a respeito da musicalidade Bugio, foi inteirar a Secretária de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, Beatriz Araújo, da intenção de transformar tal compasso em Patrimônio Imaterial do Estado, um projeto que engloba os dois São Chicos (de Paula e de Assis). Beatriz Araújo se mostrou por demais interessada no assunto, tanto que sairia mais cedo em função de compromissos já agendados (além de ser o dia de seu aniversário) mas acabou ficando até o final.
Na foto Gilney Bertussi expõe a Secretária que seu pai, Adelar Bertussi, juntamente com seu tio Honeyde Bertussi foram os primeiros a gravar um bugio, isto lá pelo ano de 1956 no disco Coração Gaúcho. O bugio se intitula Casamento da Doralice.
Por tudo isso repito o quanto é importante que os festivais tenham esse lado cultural que vá além das apresentações de palco.