MOROCHA
FAZ 40 ANOS!
Eu
tinha um início de letra e melodia, e já tinha feito a minha canção para o
festival que ocorria na marcação do Rincão do Inferno. Me topei com o Roberto
Ferreira perto do galpão dos arreios, ele também já tinha feito sua canção.
Olha isso, Alemão. E nos sentamos nuns pelegos, e nos divertimos com a sátira
que nascia entre violões e gargalhadas. Depois foi o Antônio Augusto que
insistiu para que inscrevêssemos na Coxilha (pai, tu é louco, vão bater nosso
brim se passar na prévia). Então se juntou o Davi Meneses e seu talento
interpretativo, mais o Bastos, o Choio e o Clemar, e a canção mais polêmica da
história dos festivais explodiu na comunidade gaúcha. Foram 5 troféus no
Festival. Foram anos de debates ininterruptos nos jornais (tempo dos debates em
letra impressa), e a discussão indispensável que traz luz a todos os temas.
40
anos. O tempo passa. Este Mauro de hoje manda um abraço ao menino da foto, que
com 20 anos já trazia a irreverência pra cutucar os preconceitos com vara
curta, e estereotipar um problema que hoje, 4 décadas passadas, ainda assola
nossa sociedade.