GENERAL OSÓRIO
Alguns leitores me questionam porque em meu livro Os Farrapos e a Maçonaria não faço referências ao General Osório, gaúcho, Patrono da Arma de Cavalaria, considerado um herói na Guerra do Paraguai e que empresta o nome a bela cidade de Osório, antiga Conceição do Arroio, local de nascimento de Manoel Luiz Osório.
O foco de minha obra, como o próprio nome diz, são os Republicanos (Farroupilhas) e a influência que receberam da Ordem Maçônica. Embora Osório fizesse parte da Maçonaria e ter admiração pela causa liberal, ele "peleou" ao lado dos imperiais a mando do "melancia" Bento Manuel Ribeiro, que trocou de lado em três oportunidades. A bem da verdade o então Tenente Osório não o acompanhou quando ele virou de lado passando de imperial para republicano pela segunda vez.
Embora Manoel Luiz Osório tenha se destacado na Guerra do Paraguai, na Revolução Farroupilha, aos seus 27 anos, não pode ser considerado um personagem decisivo, destacando-se mais como instrutor de tropas sendo, no ano de 1842, promovido a major e agraciado com a insígnia de Cavaleiro Imperial da Ordem do Cruzeiro.
Ao apagar das luzes da revolução foi promovido a Tenente-Coronel e designado por Caxias para dizer a Vicente da Fontoura, Ministro da Guerra dos Farroupilhas, que os imperiais só falariam de paz sem a interferência do uruguaio Frutuoso Rivera. Foi bem sucedido nessa missão recebendo como prêmio a nomeação de Oficial da Ordem Imperial da Rosa.
Ao cabo, muitos comentam que o título de Patrono da Arma de Cavalaria foi um "prêmio de consolação" dado a Osório pois se almejava que fosse o Patrono do Exército, título honorifico concedido a Caxias, talvez por sua influência na Corte. Contudo, e sem bairrismos, Caxias foi muito mais importante e decisivo, militarmente falando, que o nosso General Osório, o Marquês do Herval.
Está explicado os motivos da não citação de Manoel Luiz Osório em nosso trabalho. Mas podemos corrigir. Uma nova edição ampliada vem por aí.