RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

quinta-feira, 23 de junho de 2022

SEM LIMITES

 

Que a maioria dos Centros de Tradições Gaúchas já vinham cambaleando antes da pandemia, é sabido. Após esta praga que assolou o mundo a coisa piorou. O retorno a normalidade tem sido lento e gradual com as patronagens fazendo das tripas o coração para se manter de pé. Contudo, as administrações tradicionalistas tem que procurar caminhos que não arranhem a imagem da entidade. Não é o que está acontecendo com o CTG Fogão Gaúcho, da cidade de Taquara.

O Fogão Gaúcho, erguido com o esforço de gaúchos abnegados em uma região que prepondera a colonização germânica, é o centro tradicionalista mais antigo do interior do Estado. Sua história é estupenda. Entretanto, para sobreviver as intempéries do momento, a patronagem locou sua sede campestre, outrora afastada do centro mas agora rodeada de casas, para a realização de bailes funks. É todo o fim de semana aquele tunk tunk que apelidaram de "bate-estaca". A vizinhança não aguenta mais e, seguidamente, a polícia é acionada. Quando viram as costas tudo recomeça. 

É uma pena pois ao se falar em Fogão Gaúcho os taquarenses não se reportam mais a um passado construído com muito esforço mas sim aos problemas que o CTG vem causando. 

Infelizmente diversas entidades estão nesta sinuca de bico. Os sócios estão inadimplentes porque a sociedade não oferece atrativos e a sociedade não oferece atrativos por que os sócios estão inadimplentes.

E fica a pergunta: É melhor fechar por uns tempos até que tudo se resolva ou seguir adiante mesmo que as custas de baile funk?