Segundo os boletins meteorológicos amanhã, terça-feira, haverá chuvas torrenciais acompanhadas de fortes ventos por estas bandas do Sul.
Se tem coisa que não gosto, nesta história, é dos tais de raios. No início desta noite de segunda-feira um jovem soldado morreu no centro de Quaraí, na Fronteira Oeste, atingido por um raio.
Aprendi, com os mais velhos, diversas teorias de como se proteger destes fenômenos naturais.
Se estiver em uma área rural, devemos observar o seguinte: Não abrigar-se em baixo de árvores; Não ficar próximos a animais ou andar a cavalo; Não ficar próximo a cerca de arame; Não carregar objetos metálicos pontiagudos, como enxadas, pás e facões; Evitar ficar próximo de veículos como tratores, carros ou dentro de carroceria de caminhão; Não abrigar-se em áreas cobertas que protegem da chuva mas não dos raios, como barracos e celeiros; Não caminhar em áreas descampadas; Evitar lugares altos.
Se estiver dentro do rancho: Evitar utilizar equipamentos elétricos; Não ficar próximo a janelas e portas metálicas ou mesmo à rede hidráulica como torneiras e canos.
Para quem acredita, uma simpatia muito usual em nosso interior é "benzer a tormenta", ou seja, pega-se uma adaga, ou um machado, aponta-se o fio destes instrumentos para a tormenta e reza-se uma oração específica. Após, enterra-se tais objetos até que passe a tormenta. Sobre o tema, o letrista Maxsoel Bastos de Freitas fez uma canção muito bonita que subiu ao palco no festival Canto de Luz, de Ijuí.
Também existem alguns ditados fazendo referência aos raios como: Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar ou, quando se pretende esculachar uma pessoa, se larga essa: um raio não cai em pau deitado, que seria o mesmo que "não se gasta chumbo em chimango".
Mas a pior das tormentas, é a da vaidade pessoal. Para esta desventura... raios que a partam.