Neste mundo velho sem porteiras todo o dia é dia de alguma coisa. Hoje, 26 de abril, por exemplo, é Dia do Juiz do Trabalho; Dia Nacional de Prevenção e Combate a Hipertensão; Dia Internacional de Lembrança do Desastre de Chernobyl; Dia Mundial da Propriedade Intelectual e... Dia do Goleiro.
O goleiro (ou arqueiro), é o atleta mais visado em um escrete de futebol. Ele é a última salvação. Se falha é frangueiro, se salva o time, é sua obrigação.
O melhor jogador brasileiro que vi atuar nesta posição foi o Manga, do Botafogo, Inter, Grêmio, Nacional e tantos outros times. Mas foi injustiçado na copa de 1966 quando o time todo falhou. E lembram do Barbosa, na final contra o Uruguai em 1950? Coitado.
Eu, durante toda minha mocidade, em virtude da asma, jogava de goleiro. Acabei gostando e me aperfeiçoando na posição. Era sempre o primeiro a ser escolhido no par ou ímpar das peladas (até porque ninguém queria jogar no gol).
E tem atacante ganhando carroças de dinheiro que se apavora ao ver um goleiro pela frente e faz dele sua alça de mira. Aponta e chuta.... no goleiro. Não tem a capacidade de desviar para um lado, de jogar a bola por cima. Elias, do Grêmio, é um destes.
Trazendo o comentário para nossa seara gauchesca, podemos dizer que muitos que cultivam nossas tradições não tem a perspicácia de desviar o foco, de "tirar do goleiro" e continuam mirando naquilo que não leva a nada. Ex: Indumentária.
Fui num evento sábado passado e um devoto do Movimento, meu amigo, me questionou sobre o tamanho do meu lenço. Isso é mirar no goleiro enquanto que desviar, fazer um golaço, seria trabalhar por uma forma de trazer a juventude para dentro dos Centros de Tradições, pois os mesmos estão tomados por pessoas dedicadas mas que já estão cansando de tanta labuta.