Quero agradecer a confiança dos organizadores do 7º Esteio da Poesia Gaúcha e 3º Esteio do Amanhã, pelo convite para participar como avaliador deste grandioso evento. Estarei nesta quarteada poética juntamente com o pajador, poeta e declamador, grande ativista da cultura gaúcha Pedro Junior da Fontoura e com a multicampeã de Vacaria, ENART e outros tantos rodeios artísticos Adriana Braun, filha do poeta Pedro Canísio Braun e sobrinha do Jayme Caetano Braun.
O cerimonial estará ao encargo da declamadora Liliana Cardoso e o material gráfico trará a imagem do declamador Romeu Weber.
O festival, que tem no seu comando o incansável Djalma Corrêa Pacheco, é um dos mais bem organizados do Estado e recebe centenas de trabalhos dos mais renomados poetas.
Sei que a tarefa é árdua mas prazerosa, de aprendizado mas de muita responsabilidade. Na verdade penso que arte não deveria ser julgada e nem comparada pois toda manifestação artística tem sua característica e o seu valor intrínseco. Por fim, o jurado acaba sendo visto como um "carrasco" pois o autor tem a percepção que os seus versos são os melhores e não entende porque sua obra não foi classificada. Pelo alto nível dos participantes, tudo tem que ser visto no detalhe, na mensagem a ser enviada. Por vezes uma frase, uma palavra mal colocada põe tudo a perder.
É muito difícil, na condição de avaliador, analisar 500 poemas e não cometer alguma injustiça. Quando isto acontece tenham a certeza que é de forma involuntária pois o desejo é que vençam os melhores.
Em Vacaria penso que não querem mais me ver pela frente pois há cinco rodeios, ou há 10 anos, venho avaliando declamação, segmento que chega, não raro, a mais de 100 concorrentes. Aproveitando a vasa da pandemia, acho que chegou a hora de parar, de abrir caminho para outros.
Mas, como dizia minha saudosa avó Maria Eliza Fogaça Ribeiro, quem corre por prazer não cansa.
Então, vamos a luta.