RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Banquete oferecido ao General Honório Lemes (na ponta da mesa) pelo Dr. Fernando Abbott em sua residência em São Gabriel.

domingo, 13 de fevereiro de 2022

SOU O CAMPEÃO DO FIASCO

 

Dizem que todo artista é distraído. Sou um ameaço de artista mas também vivo no mundo da lua. Se existisse um prêmio do taura mais avoado eu iria concorrer.  

Já entrei pilchado de gaúcho num banheiro feminino de um restaurante em São Gabriel. Para o meu azar não tinha nenhuma senhorinha naquele momento pois eu a teria visto e dado meia volta. Quando me fechei na "casinha" e afrouxei a bombacha, comecei a ouvir vozes femininas adentrando no recinto. Espiei e me dei conta. Pensei: Tô ferrado! E me subiu um calorão. Quando a última dama saiu aproveitei a olada e saí logo atrás. Nas mesas do restaurante diversas pessoas me olhavam e riam.  

De outra feita, em uma churrascaria em Parobé, também trajado até os dentes, me fui ao buffet de sobremesas. Bombeando o que tinha de guloseimas não prestei atenção que as taças para servir-se formavam uma pirâmide. Uma linda decoração tipo monumento egípcio. Como eu era a primeira pessoa da fila, teria que pegar a taça bem de cima. Na minha distração, peguei a da base e o resto veio abaixo. Novamente, todo o restaurante me bombeando. Menos mal que os recipientes eram de metal (mas o barulho foi grande). 

Poderia contar diversas passagens iguais ou piores e toco neste "triste" assunto por que ontem (dia 12) aprontei mais uma. 

Saí para minha caminhada rotineira a beira da praia de Curumim. Orla do Atlântico lotada de gringo. Eu reparei que as pessoas me olhavam e imaginei que seria pela minha fama (modéstia pouca é bobagem). Quando cheguei em casa minha mulher me chamou a atenção. Eu estava com o calção do lado avesso. Sunga, etiqueta, cordão, bolso, tudo para o lado de fora. Pensa em cena ridícula. 

Bem que eu sentia um certo desconforto no caminhar mas não imaginava o motivo.   

Apesar de ser o fiasco em pessoa penso que tenho uma virtude: Conto dos tragos que tomo mas, também, dos tombos que levo. Hay os que só garganteiam. 

Oiga-lê Rio Grande velho.