Desde o início deste mês, a Orquestra Vila-Lobos (OLV) está com suas atividades pedagógicas, também chamadas de oficinas de música, paralisadas. Isto ocorre porque a instituição está sem receber recursos da prefeitura de Porto Alegre, sua mantenedora, há 19 meses. O órgão público era responsável, por meio da Secretaria Municipal de Educação, pelo pagamento de 20 educadores, que trabalhavam com mais de 300 crianças e adolescentes.
O corte de verba
aconteceu no início da pandemia. Desde então, a orquestra tem mobilizado a
comunidade, a fim de permanecer com as oficinas que, segundo a regente da
orquestra, Cecília Rheigantz Silveira, são base da instituição.
Uma campanha de
financiamento coletivo, com o intuito de arrecadar fundos para o pagamento
destes profissionais, foi desenvolvida neste ano. Segundo a regente, esta
iniciativa foi importante "para dar uma respirada", uma vez que foram
arrecadados cerca de R$ 80.000,00 doados por 400 pessoas. Porém, o dinheiro
durou até o fim de setembro.
Cecília comentou que a
situação está sendo arrastada pela prefeitura e que o grupo está no aguardo de
alguma resposta positiva ou alguma resolução do caso, uma vez que a OVL tem o
principal , "que são os jovens tentando lidar com a pandemia na melhor
maneira possível".
Por: Giordana Cunha
Nota do blog: Uma tristeza que isto esteja acontecendo. Esta Orquestra encravada em meio a periferia, é de fundamental importância social e cultural. E uma válvula de escape para centenas de crianças e adolescentes tirando-os das ruas, até mesmo do crime. Penso que o poder público tem que olhar com mais carinho para este tipo de entidade.