SEM PALAVRAS
Trago agruras em mim
pelos artistas do pago
pois é tão grande o estrago
que parece não ter fim.
Ainda tem quem diga assim:
- Cantar não é profissão!
Quis contrapor tal jargão
com versos de minha lavra
mas troquei muitas palavras
por um desenho a carvão.
Gravura e poema: Léo Ribeiro.
Fiz este desenho na boca deste ano de 2021 como um chamamento à situação de penúria de muitos artistas gaúchos em face da pandemia. Na verdade tentei refletir no papel aquilo que muitos parceiros sentiram (e sentem) na pele, como foi o caso de uma grande gaiteira, minha amiga, que vendeu sua única gaita para saldar compromissos. São inúmeros os músicos talentosos que partiram para outras atividades com intuito de poder se manter.
O Jader Leal, um fraterno irmão, músico e intérprete respeitado no meio festivaleiro nativista, é um destes que viu-se desprovido de seu instrumento de trabalho em função da crise. Pois o Jader, usando de seu vasto rol de amizades e admiradores, colocou nas redes sociais um vídeo com a proposta de uma rifa com o intuito de angariar recursos para seguir sua vida artística em frente.
Vamos participar.
Jader Leal
- Buenas! Com a pandemia eu tive que vender meu violão, instrumento de trabalho. Agora, com a volta das atividades do setor de eventos, estou precisando comprar um instrumento novo para voltar a atuar. Para isso, estou fazendo uma rifa de uma faca Pátria Gaúcha, de Don Cássio Selaimen, que vai correr dia 27/11 pela loteria federal, a 10 reais o número. Quem desejar adquirir, pode fazer via Pix (51 98306 9580) e mandar-me o comprovante pelo whats, que envio o respectivo número. Desde já agradeço a força!
Conto com o auxílio e
engajamento de todos que amam a nossa música na sua forma mais pura.
Jader Leal
