RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
A tomada da Ponte da Azenha, do pintor Augusto Luiz de Freitas (Instituto de Educação General Flores da Cunha, Porto Alegre/RS)

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

SEM AS ESPORAS, MAS AINDA ALTIVO.



 
Assistindo a um noticioso uma matéria me lembrou o Rio Grande velho, ou seja, o roubo de placas e bustos de bronze em São Paulo. Não poupam nem cemitérios. Uma vagabundagem que engloba gente graúda na função de receptadores. A maior produtora destes materiais, localizada em Campinas, perdeu 90% dos pedidos daqueles áureos tempos em que nossas praças e monumentos tinham segurança e respeito. Um busto, que leva meses em sua confecção com o intuito de reproduzir e homenagear alguém, mesmo chumbado em pedestal de cimento, é roubado em menos de uma hora e ninguém vê nada. O cúmulo da incompetência. 
 
Esta semana estivemos no Parque da Redenção onde o Gaúcho Oriental permanece altivo. Muito lutamos para que tal memorial doado pelo governo do Uruguai saísse daquele antigo lugar, ermo, escuro, de pouca visibilidade. Já estava, até, sem uma das mãos quando resolveram movê-lo para o centro do parque. Mesmo assim, agora, sua placa também não existe mais e lhe furtaram as esporas.
 
Mas isto é o de menos para quem já teve as placas de quase duzentos quilos do Monumento a Bento Gonçalves roubada, numa avenida movimentada como a João Pessoa, e ninguém sabe de nada. Onde andam as Secretarias que tem a função de zelar por nosso patrimônio público?