Num dia 23 de julho de 1901. Morria repentinamente num quarto de
hotel em Montevidéu Gaspar da Silveira Martins,
Advogado, fazendeiro, político, conselheiro do Imperador D. Pedro II foi
Presidente da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul em 1889, ou seja 4 anos antes de iniciar a
Revolução da qual ele foi considerado o Pai dos maragatos, opositores de Júlio
de Castilhos.
Silveira Martins, filho de
estanceiros, nasceu em território uruguaio e iniciou sua vida pública como juiz
municipal no Rio de Janeiro, Depois, foi deputado, senador, ministro da Fazenda.
Por ser inimigo pessoal do
Marechal Deodoro da Fonseca Em 1889 foi o pivô da crise que culminou com a
proclamação da república do Brasil: o Marechal após já ter deixado a vida
pública ao saber que Gaspar Silveira Martins seria alçado ao cargo de Primeiro
Ministro do reinado de D. Pedro Segundo reornou de seu exílio da caserna e desencadeou
definitivamente a Proclamação da República pois não aceitava ver um inimigo,
que o chamava pejorativamente de sargentão em tão alto posto. Ao voltar para o
sul as vésperas do conflito de 1893 não era sua intenção pegar em armas. Foi,
contudo, voto vencido. Era o início da Revolução Federalista. Com a vitória de
Júlio de Castilhos passou a dar mais atenção para sua vida na estância Rincón
Pereyra, que possuía no Uruguai, tendo falecido como já mencionamos num 23 de
julho de 1901.
o escritor Paulo José Pires
Brandão, conheceu Silveira Martins. e assim o descreveu em livro: "Alto,
corpulento, grandes óculos, barba toda aberta e branca, pele muito vermelha.
Voz de trovão, gesto largo, não sabia falar baixo, e mesmo quando palestrava
era em tom de discurso, e a sua voz clara, sonora e forte invadia a sala onde
estava, os corredores, a casa inteira, Não falava ao ouvido de ninguém, não
dizia segredos, nem os tinha, mesmo porque a sua voz não dava diapasão para
sussurros ele não sabia murmurar.
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