RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Pinheiro Machado, ao centro, sentado, e seu estado maior - Revolução Federalista -

terça-feira, 23 de julho de 2019

REPONTANDO DATAS / 23 DE JULHO


Num dia 23 de julho, do ano de 1901, morria em Montevidéu
Gaspar da Silveira Martins, pai dos maragatos de 1893.




Num dia 23 de julho de 1901. Morria repentinamente num quarto de hotel em Montevidéu Gaspar da Silveira Martins,  Advogado, fazendeiro, político, conselheiro do Imperador D. Pedro II foi Presidente da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul  em 1889, ou seja 4 anos antes de iniciar a Revolução da qual ele foi considerado o Pai dos maragatos, opositores de Júlio de Castilhos.    

Silveira Martins, filho de estanceiros, nasceu em território uruguaio e iniciou sua vida pública como juiz municipal no Rio de Janeiro, Depois, foi deputado, senador, ministro da Fazenda. 

Por ser inimigo pessoal do Marechal Deodoro da Fonseca Em 1889 foi o pivô da crise que culminou com a proclamação da república do Brasil: o Marechal após já ter deixado a vida pública ao saber que Gaspar Silveira Martins seria alçado ao cargo de Primeiro Ministro do reinado de D. Pedro Segundo reornou de seu exílio da caserna e desencadeou definitivamente a Proclamação da República pois não aceitava ver um inimigo, que o chamava pejorativamente de sargentão em tão alto posto. Ao voltar para o sul as vésperas do conflito de 1893 não era sua intenção pegar em armas. Foi, contudo, voto vencido. Era o início da Revolução Federalista. Com a vitória de Júlio de Castilhos passou a dar mais atenção para sua vida na estância Rincón Pereyra, que possuía no Uruguai, tendo falecido como já mencionamos num 23 de julho de 1901. 

o escritor Paulo José Pires Brandão, conheceu Silveira Martins. e assim o descreveu em livro: "Alto, corpulento, grandes óculos, barba toda aberta e branca, pele muito vermelha. Voz de trovão, gesto largo, não sabia falar baixo, e mesmo quando palestrava era em tom de discurso, e a sua voz clara, sonora e forte invadia a sala onde estava, os corredores, a casa inteira, Não falava ao ouvido de ninguém, não dizia segredos, nem os tinha, mesmo porque a sua voz não dava diapasão para sussurros ele não sabia murmurar.