Resumo 44 / Por Jeandro Garcia
Falta de infraestrutura
- Rio Pardo - Características
Relata que andou em
torno de 600 léguas (2900km) e não encontrou uma só ponte. Para transpor os
rios é obrigado a descarregar toda carga e transpo-la em pirogas, atividade que
demanda muitas horas.
Constrói-se lentamente
uma ponte de pedra sobre o Rio Pardo, mas ainda assim não se prontificaram a
fazer um galpão para guardar as mercadorias enquanto se faz a passagem. O povo
daqui não lástima, são também bons nadadores, além de resistentes as
intempéries do tempo, mas por certo a demora na travessia causa prejuízos ao
comércio, além da perca considerável de bois e cavalos afogados.
Na cidade de Rio Pardo
decide seguir viagem pelo rio Jacuí até Porto Alegre. Vende seus bois, cavalos
e carroça, pegando um baixo valor em relação a compra, mas satisfeito pelos
benefícios trazidos pela carroça comprada em Montevidéu.
Em sua última conclusão
sobre as índias, antes de partir da província, constata que as índias revelam
que se entregavam aos índios por dever, ao branco por interesse e ao negro por
prazer.
Informado por dois
mineiros de uma embarcação que partiria para Porto Alegre, solicitou o direito
especial, dado a oficiais do governo, para ser recebido pelo capitão do barco e
embarcar com seus empregados e cargas.
A pequena insurreição
que aconteceu em Porto Alegre sem derramar um gota de sangue, me faz admirar a
sabedoria deste povo para uma revolução. Os brasileiros são naturalmente frios
e lentos, pouco demonstram entusiasmo, assim como as crianças que mais se
parecem mini homens. Com esta cega submissão, devem ainda manter certo respeito
pela autoridade, mesmo quando se revolta contra ela.