Gustave Courbet, pintor francês - 1855
Em 1886, realizou-se uma manifestação de
trabalhadores nas ruas de Chicago, nos Estados Unidos. Essa manifestação tinha como finalidade
reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a
participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos
Estados Unidos. No dia 3 de maio houve um pequeno levantamento que acabou com
uma escaramuça com a polícia e com a morte de três manifestantes. No dia
seguinte, 4 de maio, uma nova manifestação foi organizada, em protesto pelos
acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma
bomba por desconhecidos contra os policiais que tentavam dispersar os
manifestantes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão. A explosão do artefato
e o tiroteio que se seguiu resultaram na morte de sete policiais e pelo menos
quatro civis, além de ferir vários outros. Na sequência, cinco sindicalistas
foram condenados à morte e três condenados à prisão perpétua. Estes
acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, no dia 20 de junho
de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu convocar
anualmente uma manifestação com o objetivo de lutar pela jornada de 8 horas de
trabalho. A data escolhida foi o primeiro dia de maio, como homenagem às lutas
sindicais de Chicago. Em 1º de maio de 1891 uma manifestação no norte de França
foi dispersada pela polícia, resultando na morte de dez manifestantes. Esse
novo drama serviu para reforçar o significado da data como um dia de luta dos
trabalhadores. Meses depois, a Internacional Socialista de Bruxelas proclamou
esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.
Em 23 de abril de 1919 o senado francês
ratificou a jornada de 8 horas e proclamou feriado o dia 1º de maio daquele
ano. Em 1920 a União Soviética adotou o 1º de maio como feriado nacional, e
hoje este exemplo é seguido por muitos outros países.
Até hoje, o governo dos Estados Unidos
se nega a reconhecer o 1º de maio como o Dia do Trabalhador.
Dia do Trabalhador no Brasil
Com a chegada de imigrantes europeus no
Brasil, as ideias de luta pelos direitos dos trabalhadores vieram junto. Em
1917 houve uma Greve geral. Com o crescimento do operariado, o dia 1º de maio
foi declarado feriado pelo presidente Artur Bernardes em 1925.
Dia do Trabalhador no mundo
Muitos países em todos os continentes
celebram o dia 1º de maio como Dia do Trabalhador, Dia do Trabalho, Dia
Internacional do Trabalhador ou Dia de Maio. Em países onde o dia 1º de maio
não é feriado oficial, demonstrações são organizadas nesse dia em defesa dos
trabalhadores.
Alguns países celebram o Dia do
Trabalhador em datas diferentes de 1º de maio:
Nova Zelândia celebra o Dia do Trabalho
na quarta segunda-feira de outubro, em homenagem à luta dos trabalhadores
locais que levou à adoção da jornada diária de 8 horas diárias antes da greve
geral que resultou no massacre nos Estados Unidos.
Na Austrália o Dia do Trabalho varia de
acordo com a região.
Estados Unidos e Canadá celebram o Dia
do Trabalho na primeira segunda-feira de setembro, escolhido propositadamente
para que não fosse lembrado o massacre de 1º de maio.