terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
QUE VENTOS TE TRAZEM?
Se vens,
num flete negro-de-ciume,
repontando uma tropa magra de anseios
e uma tropilha de inveja, volte!...
...volte que eu não tenho pouso pra ti.
Se vens,
não apenas para matar a sede,
mas para secar a fonte de esperança
ou pra falar de outros que adiante seremos nós.
Volte! Volte que não tenho tempo pra te escutar!
Me desculpe a franqueza,
mas bateste na porta do rancho errado.
No entanto
se vens num cavalo de vento
mais leve e mais branco que a neve...
...de alma aberta e coração em brasa, entre.
Entre a casa é tua!
Já vou aquecer a água pro chimarrão.
Poema: Julio César Paim
Foto: Eduardo Amorim
Postado por
Léo