EM PORTO ALEGRE
Organização estima em mais de 16 mil pessoas no evento
Fonte: Josmar Leite, Da RBS TV
Milhares de pessoas
viveram uma noite cultural em Porto Alegre no sábado (21). Inédito na capital
gaúcha, o evento 'Noite dos Museus', criado em Berlim, na Alemanha, abriu as
portas de oito prédios para visitação, sem cobrar entrada. As atrações uniram
artes plásticas e música das 19h às 23h.
Na avaliação dos
organizadores, o evento deu tão certo, que uma nova edição já começa a ser
planejada. Desde antes do horário da abertura dos museus, filas se formavam do
lado de fora. A estimativa inicial é de que 16 mil pessoas aproveitaram as
atrações, mas o número ainda pode aumentar.
"Os museus
superaram a sua previsão de público anual na noite de hoje [sábado]. Quanto ao
público, não há dúvidas... Extraordinário", destaca Francisco Marschall,
curador do evento.
"Já estamos
trabalhando para a edição do ano que vem (...) Vamos fazer nossa avaliação
interna, o que funcionou, o que não funcionou, o que podemos melhorar, e como
podemos crescer. Mas sempre de forma muito calculada, muito bem pensada,
planejada", completa o idealizador Rodrigo Nascimento, que vislumbra levar
o evento também para o interior, não somente para capitais.
Os visitantes puderam
montar seus roteiros entre Fundação Iberê Camargo, Museu de Arte Contemporânea,
Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), Memorial do Rio Grande do Sul,
Museu da UFRGS, Museu Joaquim Felizardo, Pinacoteca Ruben Berta e Planetário. Da
parte do público, muitos elogios.
"Maravilhosa,
maravilhosa", repete a farmacêutica Beatriz Carneiro. "Nossa, isso aí
devia acontecer mais vezes, inclusive no verão (...) Gostaria que isso
acontecesse sempre", acrescenta.
Músico que fez parte do
evento, Wilton Matos também fez uma análise positiva do que viveu na noite de
sábado. "Pra gente é um privilégio enorme. Poder fazer cultura e fazer
música para um público desse que tava no outro museu, veio pra cá... Isso é
fantástico", diz.
No total, 30 atrações
musicais se revezaram entre os museus. Mas do lado de fora, a movimentação
também chamou atenção de quem não costuma ver pessoas circulando por regiões
como o Centro da cidade, por exemplo.
"O que mais me
deixa feliz é as pessoas na rua, ocupando as ruas, perdendo um pouco aquele
medo, aquele terrorismo da insegurança. Temos que trabalhar para melhorar a
segurança, sem dúvida. Mas não importa ter polícia se as pessoas não vão pra
rua, que é uma coisa que esse evento busca muito. O que a gente prega muito é a
ocupação dos espacos públicos. Vamos democratizar as praças, vamos retomar as
praças", analisa o idealizador Rodrigo Nascimento.
"A gente vinha
caminhando e observou isso, o jogo de luzes e o pessoal todo ali embaixo. Não
parece até que a gente ta no Brasil, parece Europa, bem legal", comenta o
artista plástico Antonio Carlos Rodrigues.