PÁTRIA
Olmiro Palmeiro de Azevedo
Concentro-me, ouvindo velhos numes
que me dizem das eras mais remotas:
naus e barcos perdidos nas derrotas,
esperanças morrendo ao pé dos lumes.
História de minha Pátria que alvorotas
de dois mundos a história, e te resumes,
insondável de pegos e de cumes,
na epopéia marítima das frotas!
Vive um resto de ti em minhas eiras:
frangalhos de conquistas, guerras cruas,
episódios de Entradas e Bandeiras...
Ouço, por isto, em mim, que estruge e passa
um tropel de clarins e espadas nuas,
vitoriando o valor da minha raça...