Festa Nacional do Chamamé, a maior do planeta
Nesta quarta-feira, dia 20 de janeiro, a 26ª Festa Nacional
do Chamamé de Corrientes, na Argentina, que apresenta também a 12ª Festa do
Chamamé do Mercosul, vai para sua sétima noite, haja vista que começou no Palco
Osvaldo Sosa Cordero do anfiteatro Mário Del Transito Cocomarola, dia 14,
quinta-feira passada. A festa já apresentou nestas noites, mais de
noventa grupos musicais para um público de cerca de 80 mil pessoas. Na noite de
segunda-feira ultrapassou a casa de cem grupos e de cem mil expectadores.
Transmitida por televisão para toda Argentina pela TV Publica e para o Rio
Grande do Sul através da TVE, a festa se torna epicentro da Nação Chamamecera, como
está sendo definida nesta edição de 2016. Na noite de domingo houve um momento
especial com a despedida dos palcos da cantora Ofelia Layva, que tem mais de
cinqüenta nos de carreira de sucesso, considerada a Mercedes Sosa do Chamamé.
Ofelia cantou por cerca de uma hora, algo raro para uma festa que apresenta
vinte e três grupos por noite. Quando encerrou seu espetáculo, ovacionada pelo
público, ingressaram ao palco alguns dos mais importantes nomes do chamamé para
homenageá-la, a exemplo de Pocho Roch, Mário Bofil, Simon Palácios, Hermanas
Vera, Julian Zini e muitos outros artistas, demonstrando a irmandade que é este
gênero musical.
A Nação Chamamecera é composta por sete províncias da
Argentina, parte do Uruguai, Paraguai, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Muito
ainda falta para ser apresentado na festa. Nomes como Antônio Tarragó Ros,
Ramon Ayala, Pocho Roch e outros referenciais argentinos estarão abrilhantando
as demais noites correntinas. Na primeira noite a participação brasileira foi
com Maurício Brito e Humberto Yule (MS), seguidos por Airtom Missioneiro, um
gaúcho de São Luiz Gonzaga que vive em Campo Grande. Na terceira noite foi com
Jorge Guedes e Família e domingo foi o argentino radicado no Brasil, Alejandro
Brites. Segunda foi a vez de Pedro Ortaça e família, mas seguem os artistas
rio-grandenses representando a pátria brasileira, teremos ainda o jovem
instrumentista de Uruguaiana Renato Fagundes, um montielero, o consagrado Luiz
Carlos Borges, o argentino quase brasileiro, Lucio Yanel, a cantora e
jornalista Shana Muller e na última noite o chamamecero, quase correntino,
Juliano Javoski. Um dos destaques da participação brasileira é a atuação do
apresentador, jornalista e pajador Paulo de Freitas Mendonça que pelo oitavo
ano consecutivo faz parte do elenco de locutores da festa, apresentando os
artistas, não só os brasileiros como dos outros países também.
A Festa Nacional do Chamamé, promovida pelo Instituto de
Cultura de Corrientes, sob a presidência de Gabriel Romero, conta com a
coordenação geral de Eduardo Sívori, que é o responsável por este instinto
integrador da América Latina que a festa tem. O evento vai até sábado, dia 23
de janeiro e pode ser assistido em sua íntegra pelo site www.chamame.tv. Até o
final de suas dez noites, vão ter se apresentado mais de duzentos grupos
musicais para um público que vai ultrapassar a casa de duzentas mil pessoas,
haja vista que tem dado lotação total desde a primeira noite e o anfiteatro
possui capacidade para 15 mil pessoas sentadas, mais 5 mil em pé. Na noite de
ontem havia um mar de gente que não se avistava o chão, mirando de cima.
Pajador Paulo de Freitas Mendonça é um dos apresentadores