Uma cruz solitária e um eucalipto ainda chamuscado marcam o local do acidente
que vitimou Xiruzinho / Foto: Léo Ribeiro
Hoje, dia 20 de abril, faz um ano que o cantor, amigo e irmão Xiruzinho partiu para um outro plano. Assim, naquele dia, nosso blog levou a notícia para seus milhares de fãs:
"Morreu em um acidente de carro, na entrada deste domingo de páscoa, João
Darlan Betanin, mais conhecido como Xiruzinho. O acidente ocorreu a
poucos quilômetros de onde estou, em São Francisco de Paula. Xiruzinho
jantou com familiares e, por volta da meia noite, dirigiu-se para Caxias
do Sul, onde morava. Na localidade da Várzea de São João perdeu o
controle de seu meriva que bateu, em alta velocidade, contra um mato de
eucaliptos vindo a incendiar-se. Xiruzinho morreu carbonizado. Neste
momento são 12hs30min e o corpo ainda encontra-se no carro funerário na
espera de parentes que estão vindo de Caxias do Sul.
João Darlan Bettanin era natural de
Esmeralda, tinha 48 anos. Cantor, compositor, escritor e
advogado Xiruzinho foi um dos maiores seguidores da música de Noel
Guarani. Por vezes era apresentado como O Serrano Mais Missioneiro do
Rio Grande. Ele estudou violão clássico e iniciou a carreira em
1983 e tinha quatro discos gravados.
Poucos dias atrás estive conversando
com o Xiruzinho e me falava de seu desalento com a música nativista.
Tanto é assim que estava "largando das pilchas" e partindo para uma
carreira mais abrangente onde recentemente lançou o CD Aquarelas de
Amor.
Mas ele estava muito contente pelo
enorme sucesso obtido com seu livro/CD A Arte Real, lançado em 2012,
onde, em Poesias, falava sobre a maçonaria Ordem que ele frequentava há
pouco tempo mas que lhe estava proporcionando um reencontro consigo
mesmo. Ele visitou, promovendo seu livro, dezenas de Lojas Maçônicas do
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Em nossa Loja, ele deu um
verdadeiro show entre palestra, prosa e música.
Conversei, aqui por São Francisco de
Paula, com pessoas que participaram de sua última noitada nas plagas
terrenas e me falaram que ele estava muito feliz, cantando e sorrindo,
junto com sua família, apenas deu umas "cochiladas". Inclusive lhe
falaram para passar a noite por ali.
Detalhe: No porta-malas de seu carro, avistei o estojo de seu inseparável e grande amigo violão..."
carro de Xiruzinho após o acidente - Foto: Léo Ribeiro
João Darlan, o “Xiruzinho”,
meu afilhado e parceiro;
por cantor e guitarreiro,
o meu verso com carinho.
Que Deus “alumbre” o caminho,
que tomastes, sem dizer.
Quando puderes me ver,
ouvirás meu coração,
repetindo a saudação,
que se faz Entre Colunas:
“en noche de sol y luna”,
numa eterna comunhão.
Verso de: Don Arabi Rodrigues
meu afilhado e parceiro;
por cantor e guitarreiro,
o meu verso com carinho.
Que Deus “alumbre” o caminho,
que tomastes, sem dizer.
Quando puderes me ver,
ouvirás meu coração,
repetindo a saudação,
que se faz Entre Colunas:
“en noche de sol y luna”,
numa eterna comunhão.
Verso de: Don Arabi Rodrigues
João
Darlan Betanin, o Xiruzinho