Num dia 11 de março, do ano de 1778, Portugal e Espanha firmam o Tratado
da Amizade e Garantia, estabelecendo os Campos Neutrais, uma área neutra de
terras que ia do Oceano Atlântico, em frente ao Banhado do Taim, até a foz do
Rio Uruguai.
Arroio Chui - divisa Brasil / Uruguai - ficava nos Campos Neutrais
Enquanto Portugal e Espanha
disputavam entre si o domínio da América do Sul, erguendo fortificações e
derramando sangue pela posse do Prata, da Cisplatina e dos Sete Povos das
Missões, surgia no extremo sul do Brasil a “Terra de Ninguém”. Um lugar que devido
a sua geografia, dificultava o deslocamento de exércitos e o povoamento.
Assim, ficou de fora da disputa e
foi denominada “Campos Neutrais”, pelo Tratado de Ildefonso assinado em 11 de
março de 1777, entre Portugal e Espanha,mediado pelo papa, buscando a
pacificação e evitando um confronto direto entre os colonizadores portugueses e
espanhóis.
Campos Neutrais – “Terra de
Ninguém”, terra sem dono, terra de qualquer um, terra de todos, uma área que
vai da cidade de Rio Grande até o Chuí, uma extensa área que fica entre as
lagoas Mirim, Mangueira e o Oceano Atlântico.
Apesar do tratado, com a criação
da Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul,foram concedidas sesmarias a
oficiais do exército português dentro dos Campos Neutrais.
Passou o tempo e as guerras
ficaram para trás. Marcaram-se as fronteiras e os lugares viraram cidades:
Santa Vitória do Palmar, Chuí e Chuy.
Também num dia 11 de março, mas no ano de 2002, morria o grande folclorista Barbosa Lessa que formou com seu amigo Paixão Côrtes uma abnegada dupla de pesquisadores e, de 1950 a 1952, realizou o levantamento de resquícios de danças regionais e produziu a recriação das danças tradicionais. Resultado dessa pesquisa da dupla foi o livro didático "Manual de Danças Gaúchas" e o disco long-play (o terceiro LP produzido no Brasil) "Danças Gaúchas", na voz da cantora paulista Inezita Barroso.
Também num dia 11 de março, mas no ano de 2002, morria o grande folclorista Barbosa Lessa que formou com seu amigo Paixão Côrtes uma abnegada dupla de pesquisadores e, de 1950 a 1952, realizou o levantamento de resquícios de danças regionais e produziu a recriação das danças tradicionais. Resultado dessa pesquisa da dupla foi o livro didático "Manual de Danças Gaúchas" e o disco long-play (o terceiro LP produzido no Brasil) "Danças Gaúchas", na voz da cantora paulista Inezita Barroso.
Incentivou a realização do
Primeiro Congresso Tradicionalista do Rio Grande do Sul, realizado na cidade de
Santa Maria, em 1954, quando apresentou e viu aprovada sua tese de base
sociológica "O Sentido e o Valor do Tradicionalismo", definidora dos
objetivos do Movimento Tradicionalista Gaúcho.
Em 1956 montou um grupo teatral
para apresentação de sua comédia musical "Não te assusta, Zacaria!",
e saiu divulgando as danças e os costumes gauchescos por todas as regiões do
Rio Grande do Sul, colhendo aplausos também nas cidades de Curitiba e São
Paulo.
Viveu na capital paulista por 20
anos, envolvido com produção de rádio, televisão, teatro e cinema. Voltou a
Porto Alegre em 1974, já como especialista em Comunicação Social, foi
Secretário Estadual da Cultura, tendo então idealizado para Porto Alegre um
centro oficial de cultura acadêmica, que veio a pré-inaugurar em março de 1983:
a Casa de Cultura Mário Quintana.
Manteve pequena reserva ecológica
no município de Camaquã, onde residiu com sua esposa Nilza, dedicada à produção
artesanal de erva-mate e plantas medicinais. Filhos: Guilherme, analista de
sistemas, residente em Porto Alegre e Valéria, casada com norte-americano e
residente no estado de New Jersey, USA.
Teve destacado nome na música
popular e na literatura. Dentre suas músicas, sempre de cunho regional,
destacam-se: Negrinho do Pastoreio, Quero-Quero, "Balseiros do Rio
Uruguai, Quando sopra o minuano, Despedida. Em sua obra literária destacam-se:
República das Carretas, Os Guaxos, Rodeio dos Ventos, Era de Aré, O sentido e o
Valor do Tradicionalismo, Nativismo - um fenômeno social gaúcho, Mão Gaúcha -
introdução ao artesanato sul-rio-grandense, O Continente do Rio Grande,
Problemas brasileiros: uma perspectiva histórica, Rio Grande do Sul, prazer em
conhecê-lo e Primeiras Noções de Teatro. Também os dois volumes do Almanaque do
Gaúcho.