Foto: Luiz Chaves / Palácio Piratini
Na tarde dessa segunda-feira (02/03), o governador José Ivo
Sartori assinou o decreto que institui o Biênio Simoniano. O evento foi
realizado no salão Alberto Parqualini, do Palácio Piratini e contou com as
presenças dos secretários de Estado da Cultura, Victor Hugo (foto), da Educação,
Vieira da Cunha e do Trabalho, Miki Breier.
Em 2015
completam-se 150 anos de nascimento do escritor gaúcho João Simões Lopes Neto,
e em 2016 cem anos da sua morte. Considerado por estudiosos e críticos como o
maior autor regionalista do Rio Grande do Sul, Simões Lopes Neto buscou, em sua
produção literária, valorizar a história do gaúcho e suas tradições. Pela
importância destas datas, a Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), em
parceria com a Prefeitura de Pelotas e o Instituto Simões Lopes Neto, criou o
projeto que deu origem ao decreto do Biênio Comemorativo.
O governador, José Ivo Sartori, citou a importância do
escritor para a literatura gaúcha e chamou a atenção para o fato das atividades
do Biênio possibilitarem que os jovens
conheçam mais sobre o patrimônio histórico e cultural do Rio Grande do Sul. “A
obra de Simões Lopes Neto engrandece e valoriza a história do nosso estado e
suas tradições. Em toda a sua literatura estão presentes nossos valores, nossas
façanhas e nossas conquistas”. “Esperamos que Simões Lopes Neto nos sirva de
inspiração na construção do Rio grande que queremos construir para retomar o
caminho do desenvolvimento. A cultura é um ato de transformação e é esta
atitude que precisamos ter” - concluiu.
Em sua
saudação o secretário da Cultura, Victor Hugo, lembrou a orientação do
governador de que os projetos sejam feitos “de todos para todos”, e ressaltou o
significado das parcerias para a execução do projeto. “Esse é um ato
convocatório, que permite que mais entidades venham se somar ao projeto de
atividades para reverenciar a obra de Simões Lopes Neto. Como primeira ação
teremos o concerto da Ospa, dia 08, no Teatro Guarani de Pelotas.” Pela primeira
vez a abertura oficial de temporada da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre será
realizada fora da capital.
Um pouco da História
Simões Lopes
Neto foi escritor, jornalista e empresário. As suas obras Cancioneiro Guasca
(1910), Contos Gauchescos (1912), Lendas
do Sul(1913) e Casos de Romualdo (1914) têm sido estudadas e debatidas por
acadêmicos e universidades, dentro e fora do Brasil.
Além da
ficção, Simões Lopes Neto, também se preocupava com a educação, exemplos disso
são a Cartilha Artinha de Leitura e a Revista do 1º Centenário de Pelotas, que
circulou de 1911 a 1912, e tornou-se o primeiro registro historiográfico
impresso sobre o município.
Fonte: blog do Rogério Bastos - Notícias do Tradicionalismo Gaúcho