A ORIGEM DA PELAGEM "TOBIANA"
Esta pelagem é facilmente reconhecida. Consta da
combinação de manchas brancas e coloridas, bem definidas, variando desde
o quase branco, ao quase negro, colorado, zaino e outras, sendo que as
zonas escuras, podem ainda ser rosilhas, azulegas, oveiras, etc.
Há quem acredite que seja proveniente de cavalos trazidos para Pernambuco pelos bátavos, mas também é possível que proceda de ponies de Shetland, introduzidos no país, entre os quais abunda esta pelagem.
Há quem acredite que seja proveniente de cavalos trazidos para Pernambuco pelos bátavos, mas também é possível que proceda de ponies de Shetland, introduzidos no país, entre os quais abunda esta pelagem.
Ao homem campeiro não lhe agrada o tobiano e depreciam-no a ponto de dizer que para nada presta. Os gaúchos pratenses também o têm em estima semelhante: A la huelia la huella flete tubiano me gusta aunque lo Ilame flojo el paisano.
Um fato bem curioso se depara no estudo da maneira de designar essa pelagem, no centro e norte do Brasil e no Rio Grande do Sul. Lá, é chamada pampa, aqui tobiana. O termo pampa deve ter tido origem no Rio da Prata, onde ainda é empregado em relação aos cavalos e bovinos que têm toda a cara branca, tal como no nosso Estado. Esta mesma palavra, no nosso país, fora das fronteiras riograndenses, se refere à pelagem que nós, os argentinos e uruguaios, chamamos tobiano.
Alcunha esta que teve por motivo o nome de um eminente paulista de Sorocaba, brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, que derrotado em São Paulo, em 1842, chegou ao Rio Grande com o propósito de incorporar-se as tropas farrapas. Entre seus parceiros, a maioria trazia por montaria o cavalo manchado com duas cores. Por serem fletes dos soldados de Tobias, a gauchada apelidou o pêlo desta cavalhada de Tobianos.