Assisti ontem, aqui em Salvador, a uma das maiores manifestações culturais de minha vida, ou seja, o carnaval baiano. Centenas de milhares de pessoas dançando, pulando, vibrando a cada trio elétrico que passava. Eu contei oito trios elétricos. Isto que o carnaval mal começou e o trio mais famoso era o da Banda Eva. Ivete Sangalo, Armandinho e outras feras só aparecerão no outro fim de semana. Aqui, as folias do Momo são no chão mesmo, no pé, sem alegorias. É uma multidão se acotovelando na avenida da Barra, um dos circuitos principais do carnaval daqui.
E tudo tem apoio público, tanto da administração municipal como estadual (quiçá federal) e mais, é claro, os patrocínios da iniciativa privada.
Aí eu fico pensando como nós, gaúchos, ainda estamos longe. Como não temos visão turística de nossa cultura que é única, que é mais bonita de todas. Nossos desfiles temáticos de 20 de setembro, de 2014, não saíram por total falta de apoio. Temos potencial, mas nossos administradores não enxergam isto.
E não estou falando só da cultura gaúcha. O carnaval da Cidade Baixa tem tudo para frutificar mas só acontece pela vontade popular, sem apoio administrativo algum. É tudo no vamo que vamo.
Bueno. Hoje devo estar batendo os costados no meu Rio Grande velho, com muita saudade do meu chão e de minha gente. Até mais, indiada.