Em breve o nosso amigo, pajador Paulo de Freitas Mendonça, apresentador brasileiro no Festival Del Chamame de Corrientes, república Argentina (fotos) nos trará um relato do que foi a maravilhosa edição de 2015 deste evento folclórico sem igual por estas paragens. É a união de um povo ao de redor de um ritmo criado na própria região que, por seu compasso contagiante, ganhou o mundo e nutre especial preferência dos gaúchos.
São dias e dias de lotação máxima no anfiteatro e uma empolgação pouco vista em outros espetáculos. Mesmo sob chuva a festa não para. Para se ter uma ideia, são mais de 500 pessoas apenas na organização do festival, com dezenas de atrações que reúne os maiores artistas do gênero. O Rio Grande do Sul, além de Paulo Mendonça, sempre se fez representar com grandes delegações de músicos convidados.
Por aqui, o que nos deixa tristes, como gaúchos, é ver o esforço de meia dúzia de pessoas abnegadas, em cada localidade, para erguer um festival, com pouca ajuda financeira, sem patrocínios e, muitas vezes, sem o reconhecimento e a participação da própria comunidade.
Fala-se que o Estado está quebrado e já se escuta que muitos projetos culturais serão cortados, como já está acontecendo agora, com a TV E. Também acho que, nesta situação, deve-se priorizar a educação e a segurança mas como um batalhador por nossa cultura fico triste com tudo isto (e com muito ciúme de quem consegue organizar e manter um festival como este de Corrientes). Mas vamos esperar que, um dia, a gente retorne ao nosso posto de Estado referência em cultura.