Em relação aquela postagem que fizemos de nossa amizade com o "Mouro Velho", e que teve uma bela aceitação no face com mais de 200 "curtidas" além de dezenas de comentários, nosso leitor Hugo Luciano, lá de Rio Grande, nos manda via e-mail uma bela mensagem que, com sua autorização, resolvemos reproduzir.
Prezado Léo Ribeiro
A cada vez que visito o teu blog, não me arrependo. Assuntos de
fundamental importância para a arte e a cultura gaúcha, são tratados com
ética,responsabilidade, e opinião firme. Mas a postagem sobre o teu
mouro velho, veio confirmar (ao meu ver), a mais
fiel e rara ligação entre o gaúcho e o cavalo. Esse forte elo está muito
além das bravatas e gauchadas, das provas esportivas, e todo e qualquer
proveito ou consumo que o cavaleiro "cobra" do seu animal. No momento
em que ocorre uma doença, lesão, ou até mesmo
falha do cavalo, a esmagadora maioria, opta pelo descarte como única
solução.
Tenho um mouro (rosilho mouro) a quem devo muito, e há mais de
década somente aumento a dívida. Já tivemos bons e maus momentos, tanto
um quanto outro. Já fomos potros levando tudo por diante, agora
amadurecendo juntos buscamos o atalho, coisa que bem
poucos podem desfrutar ao largo dos anos. Meu cavalo mudou minha vida,
conheci muita gente boa, fiz muitos amigos, saí do oco da cidade e hoje
moro perto do campo, mudei de profissão (trabalhei na administração do
CT ZECA MACEDO/TRI FREIO DE OURO), voltei a
estudar (falta bem pouco para ser seu colega), e aguardo dias melhores.
Meu filho criou-se livre de drogas e afins, através do cavalo e seu
universo. Hoje tenho uma neta de um ano e tanto, que traz nos olhos o
mesmo gosto, pelo mesmo cavalo montado pelo pai
e pelo avô.
Sou um pêlo duro que nada possui de valor, mas meu respeito não dou
de graça. Essa amizade que cultivas pelo teu pingo mouro (coisa de
amigo, e não de dono), carrega no lombo desse chasque, meu eterno
respeito.
Um baita abraço!!!
Hugo Luciano