Paulinho Siqueira, Léo Ribeiro, Marinês Siqueira, Oscar dos Reis e Mario Tressoldi
Já fui jurado em diversos festivais nativistas. Nem lembro quantos... Para falar a verdade nunca tive problemas em nenhum deles. Vez em quando aparece alguma pessoa mais intolerante,mais intransigente, mas nada que não possa ser contornado com uma boa prosa. Afinal, ninguém é dono da verdade.
Agora, não lembro de ter chegado a uma decisão tão rápida quanto a que aconteceu neste fim de semana no 23º Ronco do Bugio. Imaginávamos que teria um show enquanto nos reuníamos para decidir. Qual não foi nossa surpresa quando o Rico (diretor de palco) bateu desesperado na porta da secretaria onde estávamos, dizendo: - A POESIA já terminou. Estão esperando o resultado!
Oiga-lê Rio Grande velho. O espetáculo com Cesar Oliveira e Rogério Melo era para "depois" do resultado.
Aí é que eu quero elogiar a parceria da Comissão Avaliadora do 23º Ronco do Bugio, que já saiu da mesa, após a última música concorrente, com 99% das decisões afinadas e, ao que pude perceber, indo ao encontro das opiniões do povo presente.
Mas que orgulho em fazer parte desta turma formada por especialistas na musicalidade gaúcha como o Paulinho Siqueira, gaiteiro veterano (na gaita) e que acompanhou por longa data o saudoso Honeyde Bertussi, tendo diversas e pitorescas histórias destes lindos tempos; Marines Siqueira, hábil e simpática gaiteira representando aquela rica região missioneira de Santo Ângelo (que show ela fez); Oscar dos Reis, um mestre do acordeon que já formou dezenas e dezenas de grandes gaiteiros; Mario Tressoldi, bonachão, rica criatura, estudioso melódico, integrante do Grupo Chão de Areia, vencedor em dezenas de festivais por este Brasil afora...
Realmente, aprendi muito com este pessoal. Obrigado, Grande Arquiteto, por este belo fim de semana gaúcho.
