Hoje pela manhã estive na Calabria, hospedaria na zona sul de Porto Alegre onde fica meu mouro velho. Fazem dois anos e 8 meses que não boleio a perna e me enforquilho em seu lombo.
Em dezembro de 2011 ele teve cólicas muito fortes. Levamos para a hípica, aqui na capital, e autorizamos o procedimento cirúrgico. Gastamos em torno de R$ 6.500,00. Meu cavalo, monetariamente falando, não custava a metade disto. Sentimentalmente, valia muito mais. Deu tudo certo a não ser pelo fato de que, deste problema hora sanado, originou-se um "aguamento" dos brabos, nas quatro patas, onde nos vimos da sala para a cozinha colocando palmilhas de borracha para amortizar suas caminhadas e tratando-o com todo o carinho.
Resumo a história. Nunca se curou direito.
Mas meu parceiro de tantas jornadas por este Rio Grande afora está lá, faceiro como ganso novo, só no come e dorme.
Ainda esses dias corri com um qüera que ofereceu-me uns trocados para levar-lhe para o salame.
Nossa amizade continua a mesma, e talvez mais forte, pois nem eu, nem ele, somos de virar as costas aos amigos nas horas de precisão.
Por isso me arrepia o pêlo quando escuto Florêncio Guerra e seu Cavalo....
Por isso me arrepia o pêlo quando escuto Florêncio Guerra e seu Cavalo....