LEMBRAM DA REVISTA "O CRUZEIRO"?
O Amigo da Onça (na foto com temática gauchesca) era um personagem da revista O Cruzeiro (ver matéria abaixo) que sempre aprontava para algum parceiro. Se ontem foi o Dia do Amigo, não devemos esquecer que hay, por aí, diversos "Amigos da Onça".
O Cruzeiro foi uma revista semanal ilustrada, lançada no Rio
de Janeiro, em 10 de Novembro de 1928, editada pelos Diários Associados, de
Assis Chateaubriand. Carlos Malheiro Dias foi seu diretor no período de 1928 a
1933, sendo sucedido por Antonio Accioly Netto1 . Era a principal revista
ilustrada brasileira da primeira metade do século XX1 . Deixou de circular em
julho de 1975.
Estabeleceu uma nova linguagem na imprensa brasileira:
inovações gráficas, publicação de grandes reportagens, ênfase ao fotojornalismo
. Fortaleceu a parceria com as duplas repórter-fotógrafo, a mais famosa sendo
formada por David Nasser e Jean Manzon que, nos anos 40 e 50, fizeram
reportagens de grande repercussão.
A revista deixou claro em seu primeiro editorial que se
diferenciava de suas “irmãs mais velhas que nasceram das demolições do Rio
Colonial”, colocando-se na vanguarda da modernidade aliando seu nome a
tecnologias modernas: “O Cruzeiro encontrará ao nascer o arranha-céu, a
radiotelefonia e o correio aéreo”.
Em 1941, O Cruzeiro também passou a ser o nome da Editora do
grupo Diários Associados6
Entre seus diversos assuntos, a revista O Cruzeiro contava
fatos sobre a vida dos astros de Hollywood, cinema, esportes e saúde. Ainda
contava com seções de charges, política, culinária e moda.
Cobrindo o suicídio de Getúlio Vargas em agosto de 1954 a
revista atingiu a impressionante tiragem de 720.000 exemplares. Até então, o
máximo alcançado fora a marca dos 80.000. Daí em diante, o número se manteve.
Nos anos 60, O Cruzeiro entrou em declínio por má gestão,
com o desuso de suas fórmulas e o surgimento de novas publicações, como as
revistas Manchete e Fatos & Fotos. O fim da revista aconteceu em julho de
1975, com a consagração definitiva do instantâneo meio televisivo em favor dos
impressos e o fim do império dos Diários Associados de Chateaubriand.