Questionei meu amigo Rogério Bastos lhe repassando uma pergunta que eu não soube responder. Se relaciona com a evasão dos jovens dos CTGs, principalmente no que tange a formação de invernadas artísticas adultas (ver nossa postagem sob o título TRANSFIRO A PERGUNTA).
Pois o Rogério Bastos sempre prestimoso com as nossas considerações nos remete sua opinião que eu considero de muito fundamento embora eu pense que este é apenas um (talvez o mais forte) dos vários motivos que afasta os jovens dos Centros de Tradições. Acho que os tempos, hoje, são outros e a universalização das culturas, o alcance das redes sociais e o leque de opções e alternativas de entretenimento também são um tanto responsáveis. E contra tudo isto o tradicionalismo tem que lutar com as parcas armas que tem. Por isto admiro quem faz este trabalho, como o próprio Rogério Bastos.
Eis seu texto sobre o assunto:
Meu amigo Léo Ribeiro, li teu texto, como faço diariamente, e entendo tua preocupação. É, realmente, ela é geral.
A
lacuna que se abre, principalmente, nas cidades do interior, se dá por
fatores sociais. Aos 17 anos vem o cursinho ou a faculdade, com isso vem
também a busca do lugar para estudar e trabalhar. Fazendo um
comparativo, cidades com centros universitários como a capital, Santa
Maria, Caxias, Passo Fundo, conseguem preencher melhor tal lacuna. Pois o
emprego está nos grandes centros, o estudo qualificado está nos grandes
centros. Ficando cidades que não tem este aparato, sem esta juventude.
Não é o tradicionalismo que decide quem vai e quem fica. Mas a situação
social. Tem acontecido nos concursos culturais, inclusive, isso.