RETRATO DA SEMANA

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Preparativos para o casório

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

04 NOVEMBRO - MORRE FLORES DA CUNHA


VOLTEANDO DATAS


Num dia 04 de novembro, de 1959, morria em Porto Alegre o político
Flores da Cunha.

Nasceu num dia 5 de março, do ano de 1880, na estância São Miguel, em Livramento. Estudou em São Paulo e depois no Rio de Janeiro, onde se bacharelou em Direito em 1902 e atuou como delegado. Voltou para o sul na profissão de advogado destacando-se pela eloqüência.

Em 1909, filiado ao Partido Republicano Riograndense, iniciou carreira política como deputado estadual. Foi deputado federal em 1912, eleito pelo Ceará. Em 1917, foi reeleito, desta vez pelo seu estado natal, renunciando ao mandato em 1920 para concorrer à prefeitura de Uruguaiana, sendo eleito com expressiva votação. Em 1923, destacou-se como chefe militar legalista na luta que conflagrou o Rio Grande do Sul, opondo os partidários do governador Borges de Medeiros aos oposicionistas liderados por Assis Brasil. Renovou seu mandato de deputado federal em 1924. Em 8 de outubro de 1925 prendeu Honório Lemes e garantiu sua integridade quando populares quiseram linchá-lo. Reeleito deputado federal em 1927, renunciou em 1928 para ser eleito senador.

Atuou ativamente na Revolução de 1930 que levou Getúlio Vargas à chefia do país. No dia 28 de novembro de 1930 foi nomeado interventor no Rio Grande do Sul. Ajudou a fundar o Partido Republicano Liberal (PRL), em novembro de 1932. Na Revolução constitucionalista de 1932 permaneceu leal a Getúlio Vargas. Em abril de 1935 foi eleito governador do Rio Grande do Sul, exercendo o mandato até outubro de 1937. No mesmo ano da eleição, já como governador constitucional, começou a se afastar do presidente Vargas. Buscando ampliar sua influência política nacionalmente, envolveu-se em disputas sucessórias em outros estados, como Santa Catarina e Rio de Janeiro. Defensor do federalismo, atritou-se com os setores militares que defendiam a centralização do poder no governo federal. Em 1937, rompido com Vargas, foi forçado a deixar o governo gaúcho. Exilou-se, então, no Uruguai e só voltou ao Brasil cinco anos depois, durante a Segunda Guerra Mundial, quando cumpriu pena de nove meses na Ilha Grande, no Rio de Janeiro.

Em 1945, participou da fundação da UDN, legenda pela qual se elegeu deputado constituinte. Nas eleições para sucessão de Vargas, faz campanha para o Brigadeiro Eduardo Gomes. Reelegeu-se deputado federal em outubro de 1950 e em outubro de 1954, sempre na legenda udenista. Assumiu a presidência da Câmara dos Deputados no dia 8 de novembro de 1955. Coordenou as sessões que garantiram a posse de Juscelino Kubitschek. No mesmo ano, rompeu com a UDN e renunciou à presidência da Câmara. 

Em 1958, aos 78 anos de idade, foi eleito deputado pelo PTB, mas morreu antes do fim do mandato. Foi sepultado em Santana do Livramento.