RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
A tomada da Ponte da Azenha, do pintor Augusto Luiz de Freitas (Instituto de Educação General Flores da Cunha, Porto Alegre/RS)

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

AVALIADOR TEM QUE DIZER A QUE VEIO....



Sempre achei a função de jurado uma tarefa muito complicada, porque você contenta um e descontenta a dez, vinte... Contudo, se o avaliador tem a consciência tranquila, ele tira de letra todos os contratempos. 

No último festival Ronco do Bugio fui jurado (pela oitava vez) e, uma semana após, recebi um telefonema do pai de um concorrente na categoria Piá, que não saiu-se premiado. Mostrava, o pai, indignação com o resultado insinuando até alguns deslizes da organização do evento. Depois de alguns minutos de prosa mostrei-lhe como tudo funciona e que a sua interpretação era infundada. Pediu-me desculpas, agradeceu pelos esclarecimentos, ficamos amigos, e seu filho ainda vai gravar duas letras minhas em seu primeiro CD.

No Acampamento Farroupilha de Porto Alegre, gostei por demais quando um senhor, pastinha embaixo do braço, crachá no peito, chegou em nosso Rancho Fraternidade Gaúcha, identificando-se como avaliador de nosso projeto cultural. Sentou-se isoladamente, assistiu ao que tínhamos programado, preencheu uma planilha, agradeceu a todos e foi-se para outros ranchos cumprir a mesma missão. Não ganhamos nada de prêmios, mas eu dou nota 10 a este procedimento!

Por isso que eu digo: - Avaliador tem que dizer a que veio...

Reporto-me a este tema porque percebi um certo desconforto de alguns acampados no ENART pela forma como se procede a avaliação de Melhor Acampamento e compartilho de tal desconforto por entender que estas pessoas tem razão. 

Vejam bem: Não estou questionando o resultado, embora, como disse, ocorressem diversos descontentamentos, mas a forma de como acontece tal escolha. Não se sabe quem são os avaliadores, o que eles analisam ou como é feita tal análise, ou seja, não se conhece os parâmetros, os quesitos, os pontos fracos ou fortes.

Nas demais categorias, se hay algum problema (e sempre há os inconformados) a gente sabe a quem se reportar e, inclusive, ver as notas. Isto é o correto. Julgador tem que mostrar a cara. Tem que justificar sua análise. 

E não foi o que ocorreu, este ano, na categoria Melhor Acampamento do ENART.