Hoje está fazendo um ano da morte do artista plástico Berega.
Berega foi um artista que viu como poucos (muito
poucos), detalhes mínimos do cotidiano gauchesco, como na gravura acima
intitulada Bolicho de Campanha. Este uruguaianense consagrou-se nas antigas
"folhinhas" (calendários) que fez, por longos anos, para a refinaria
ipiranga. Tais gravuras viraram objeto de colecionadores.
Luiz Alberto Pont Beheregaray, conhecido por Berega, nasceu
em 26 de maio de 1934.
Berega desenvolveu seu gosto e talento pelo desenho ainda na
infância mas somente passou a trabalhar profissionalmente como artista plástico
no início da década de 70. Sua temática foi recorrente às impressões da cultura
de sua terra, sua região e suas impressões de sua infância em meio ao pampa
gaúcho: sua gente, sua cultura e suas coisas e o inseparável cavalo. Neste
quesito, rompeu fronteiras e o retratou em inúmeras raças, nos infinitos
movimentos, usos, culturas e esportes.
Apaixonado pela cultura regional gauchesca, foi um estudioso
meticuloso de todos os aspectos relacionados, de sua história aos seus
costumes. De suas matizes às suas texturas. De seus movimentos à sua impressão
estática de sua forma. De sua força à complascência na fragilidade de linhas tênues
e delicadas perpetuadas em seu trabalho.
Tem sido sempre lembrado pelos nativistas, tradicionalistas,
estudiosos e artistas por ter marcado referência em vários aspectos, recebendo
ainda homenagens e citações em outras obras como poesias e letras de músicas.