Temos acompanhado CTGs de todo estado, ouvido relatos e presenciado pessoalmente alguns fatos. Só baile este ano temos a previsão de quase 30 bailes em 14 CTGs. E em alguns momentos digo para mim mesmo: “Jeândro, você nunca será um bom patrão, se fizer o que pensa não vai dar certo, fique nos bastidores como seu Waldemar Alchieri lhe ensinou”. E o motivo é simples, não consigo entender que CTGs possam quebrar ou se endividarem porque acham que “todo CTG tem que ter todas as invernadas”, principalmente aqueles que elas não ajudam a entidade, nem ao menos nos bailes. E convenhamos, se não tem recurso luta-se com o que se têm, nem que seja 1 ou duas, talvez mirim e juvenil. Não consigo compreender a quebra de CTG pela concentração de recursos em um ponto só, seja o ponto que for. Me lembro a frase que um Patrão de Porto Alegre me disse: “Quem manda aqui sou eu, e não a invernada”, e está prosperando a coisa por lá.
Outro motivo que eu não poderia ser Patrão: Não aceito o
desrespeito com a entidade.
Frequentemente vejo em bailes e escuto relatos,
principalmente lá na fronteira (onde dizem que habitam os mais gauchões), e me
preocupa. Bailes com maxixe, minissaias, coberturas e facas dentro do baile e na
pista. Claro que alguns usam uma certa flexibilidade, muitos tradicionalistas
mais velhos já tem o hábito de usar o chapéu pelo salão, podemos ate pensar nos
carecas que gostam de esconder a calvície ou até mesmo pelo frio que faz a
noite, mas eu nunca usarei e ensino não usar. Mas a gurizada sabe que não se
usa, mas como muitos se acham os “bonzão”, “dançarinos” ou “campeiros” não estão
nem aí para uma regra que nada tem a ver com MTG, mas com educação.
Fico preocupado com a “liberação-tolerância” do maxixe, e
vestes inadequadas, tendo a desculpa: “se eu falar eles não voltam”. Mas tchê! Que não
voltem! Porque no próximo baile quem não voltará mais será aquele
tradicionalista que não gosta de ver maxixe no galpão.
O que acontece é que "protegemos" os maxixeiros, e perdemos a admiração do público que é fiel e merecedor de nossos bailes. Prefiro ter um baile com 300 tradicionalistas, do que 1000 maxixeiros que irão correr estes outros 300. Proporção que não ocorre por onde andamos, pois aqui na região eles são uma minoria que não enche uma mesa grande do baile.
O que acontece é que "protegemos" os maxixeiros, e perdemos a admiração do público que é fiel e merecedor de nossos bailes. Prefiro ter um baile com 300 tradicionalistas, do que 1000 maxixeiros que irão correr estes outros 300. Proporção que não ocorre por onde andamos, pois aqui na região eles são uma minoria que não enche uma mesa grande do baile.
Por isso com a atual tendência de “liberado para termos
público” eu seria um péssimo patrão. O jovem vem ao galpão porque é algo
diferente, quando o CTG ficar igual ao bailão ele não
terá mais motivos para respeitarem ou até mesmo irem ao CTG.